Invictos no Pan, Brasil e Paraguai se enfrentam, nesta quarta-feira, para disputar a liderança do grupo A do futsal. Para o time da casa, fica a expectativa de duelar com o novo time de seu ex-treinador, Fernando Ferreti, principal trunfo dos rivais sul-americanos no Rio de Janeiro.
"O apelo do jogo é o treinador adversário, que é conceituadíssimo. A rivalidade entre os times existe e acende por esses motivo", disse PC, o comandante da seleção brasileira.
Também técnico do Jaraguá, Ferreti dirige três jogadores do time favorito ao ouro no Pan: Valdin, Tiago e Falcão. "Vai ser um momento ímpar. Estar no Rio e enfrentar meus queridos atletas do Jaraguá dá mais alegria ainda. Mas é claro que a idéia contra o Brasil é perder de pouco", afirmou.
A seleção, porém, não acredita que Ferreti vá se limitar a apenas se defender e espera um jogo mais aberto contra os paraguaios. "Temos de tentar prever o que Ferreti vai fazer e nos preparar. Ele sempre foi muito ousado, e acho que vai tentar ganhar e nos atacar. O time tem talento. E quando você tira a responsabilidade do ombro deles, pode ser que tentem nos surpreender", afirmou PC. "Mas a gente espera respeitar o crescimento de nossa equipe."
Depois de uma estréia sem empolgação contra a Guatemala, a seleção goleou Cuba por 8 a 0 nesta terça-feira, na arena do Riocentro. Agora, tem pela frente seu compromisso mais complicado na primeira fase, contra um adversário que certamente tem consciência de seu planejamento tático.
"Vamos precisar de mais cuidado, contra um time tecnicamente melhor. O Ferreti vai abrir os olhos deles para nossas principais jogadas, então temos de executá-las com precisão", afirmou o ala Marquinho.
Paulo César de Oliveira assumiu a seleção em abril de 2005, escolhido como o candidato a suceder Ferreti. O ex-treinador havia pedido demissão do cargo no dia 6 de dezembro de 2004, após o Brasil ter perdido seu segundo Mundial consecutivo sem título - foi superado pela Espanha na semifinal.