UOL Esporte - Pan 2007
UOL BUSCA

24/07/2007 - 11h30

Com três de Falcão, seleção goleia Cuba por 8 a 0 e se classifica

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Após uma estréia morna, a seleção brasileira de futsal conseguiu se soltar e levantar a torcida na arena do Riocentro nesta terça-feira. O time derrotou Cuba por 8 a 0 e assegurou sua classificação para as semifinais do Pan.

GOL DE FALCÃO
Flávio Florido/UOL
Falcão arrancou para marcar o primeiro gold o Brasil na goleada contra Cuba
Flávio Florido/UOL
O ala dá um drible seco e rápido no goleiro e sai para comemorar com a torcida
VEJA MAIS FOTOS DO JOGO
LENÍSIO PODE NÃO JOGAR MAIS
VEJA TABELA DO FUTSAL
O ala Falcão marcou três gols para a equipe, driblou e irritou os adversários, e saiu aplaudido de quadra. Apesar de não ter conquistado um grande título pela equipe, o jogador é venerado pelo público. Quando vai para o banco de reservas, não tarda para os torcedores gritarem seu nome e pedirem seu retorno à quadra.

"Jogar bonito não tem nada a ver com irresponsabilidade. Ontem saímos frustrados com o jogo e a torcida também. Hoje a nossa cara foi diferente, e tem de ser assim", disse o ala.

Formada por amadores, Cuba teve desempenho inferior ao da Guatemala. O time ficou sem treinar com bola de novembro de 2006 a fevereiro deste ano. Para compensar, passou por intensas atividades em março, quando viajou à Alemanha e disputou 50 partidas em um mês.

Essa carga extra de trabalho não rendeu resultado. Pelo menos não o bastante para encarar o grande favorito ao ouro do Pan. Os cubanos foram envolvidos por longas trocas de passes e também permitiram finalizações sem pressão para os brasileiros. O que se mostrou fatal.

A seleção decide a liderança do grupo A do torneio nesta quarta-feira contra o Paraguai, time treinado pelo brasileiro Fernando Ferreti, que venceu os cubanos e os guatemaltecos por 2 a 1.

O jogo
Depois de abrir o placar com dois minutos de jogo, em contra-ataque solitário de Falcão, que puxou a bola do campo de defesa e chegou ao gol com total liberdade, o time da casa conseguiu atuar com tranqüilidade.

Cuba também se postou de maneira defensiva diante da seleção brasileira, mas não marcou com a mesma eficiência e cedeu espaço para os rivais brilharem. O Brasil conseguiu fazer gol em tabela de Vinícius com Valdin que deixou o capitão em posição de finalização dentro da área (a 12 minutos do fim) e até mesmo em uma batida de primeira após uma cobrança de lateral (o segundo de Falcão, a seis minutos do fim).

O ala Gabriel, em chute da esquerda, forte, cruzado e no ângulo, a sete minutos, e Neto, completando rebote após boa troca de passes do time a três minutos, fizeram os outros da primeira etapa.

O sexto gol veio com Marquinho, que chutou da direita, sem ninguém por perto, enquanto dois cubanos, além do goleiro, estavam dentro da área para tentar interceptar o chute.

Quando Falcão voltou à quadra, ele se dedicou aos malabarismos. Fez a bola por baixo das pernas de um defensor, e a torcida gritou. Em outra oportunidade, ele freou na corrida e tentou o mesmo drible, puxando a bola por baixo de seu pé e para trás. Pouco depois, fez seu terceiro gol no jogo, mostrando oportunismo. Ele se jogou ao chão para aproveitar a sobra do goleiro Carbo.

A seqüência de dribles irritou Cuba, que passou a responder com divididas mais fortes. Preocupado com algum incidente, o técnico PC sacou seu principal astro de quadra. Simi, então, entrou em jogo e acabou por irritar ainda mais os cubanos. Com um toque de Neto, ele chutou para o gol e marcou o oitavo.