UOL Esporte - Pan 2007
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24/07/2007 - 20h45

Caratê estréia com a única brasileira que pode ser tri no Pan

Da Redação
Em São Paulo

Nesta quarta-feira o Brasil poderá ter sua primeira brasileira na história a ser tricampeã dos Jogos Pan-Americanos: Lucélia Ribeiro. E o histórico está a favor de Lucélia. A atleta tem uma trajetória de 100% de aproveitamento em Jogos Pan-Americanos.

Divulgação
Se conseguir a medalha de ouro, Lucélia será a única brasileria tricampeã no Pan
Sua estréia foi em 1999, na edição de Winnipeg. Com apenas 21 anos, ela tinha acabado de sair da seleção juvenil, quando se classificou para o Pan. Sua primeira participação não poderia ser melhor. Ela terminou com a vitória ao derrotar a dominicana Acevedo Fernández. "Foi mágico, não tinha muita noção do que aquela competição significaria para a minha carreira, mas a partir daí o Pan passou a ser um dos meus principais objetivos".

Em 2003, na edição de Santo Domingo, a atleta voltou para ser colocada à prova. Passou no teste ao vencer uma prova com teores dramáticos. Pouco tempo antes da competição, Lucélia descobriu que estava com o ligamento de um joelho rompido. Mesmo assim decidiu competir o Pan. E foi perfeita. Assim, de forma invicta, ela ganhou a categoria acima de 58 kg dos Jogos de Santo Domingo e se tornou a primeira atleta do Brasil a ser bicampeã pan-americana.

A derrotada da vez foi a peruana Molly Sanchez, que perdeu na prorrogação, após empate de 1 a 1 no tempo regulamentar. "Tive que superar muita dor e chorei muito no pódio", contou. O motivo, porém não eram as dores, mas o fato de não ter desistido.

Na edição de 2007, ela pode, novamente assumir o trono de primeira mulher a se tornar tricampeã em Pans. No começo da competição havia outra concorrente, a tenista Joana Cortez, que ficou em primeiro lugar em 1999 e em 2003.

Joana, porém, não conseguiu manter o ritmo e terminou com o bronze ao lado da companheira Teliana Pereira. A dupla brasileira bateu a parceria norte-americana Audra Cohen e Megan Falcon por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/0.

Com isso, ficou para Lucélia a missão de subir três vezes consecutivas no lugar mais alto do pódio. E ela está confiante: "Estou comendo e respirando caratê. Tenho excelentes chances, estou treinando bastante e focando muito", disse.

Ela, porém não terá um caminho fácil pela frente. É o que garante o chefe de equipe Edgar Ferraz de Oliveira. "Na prova estarão as melhores atletas de toda as Américas. A seletiva foi muito rígida e nem todos os países conseguiram trazer equipes completas". De fato, além do Brasil, apenas o México e a Venezuela competirão com três atletas.

Na categoria de Lucélia, acima de 60 kg, somente sete dos 13 países inscritos no torneio feminino terão atletas. Um deles é Cuba, cuja lutadora Yaneya Gutierrez Valdes pode fazer grande frente ao objetivo de Lucélia de conquistar mais uma vez o ouro, a ao objetivo do Brasil, de assumir a segunda colocação no ranking de medalhas.