Um dia após a notícia do sumiço dos boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara da Vila Pan-Americana, o presidente do país centro-americano, o líder Fidel Castro, confirmou a deserção dos dois atletas durante os Jogos do Rio de Janeiro.
Rigondeaux e Lara, que não se apresentaram para a pesagem de sua respectivas lutas no último domingo, tinham paradeiro desconhecido pela delegação cubana que participa do Pan do Rio até a tarde desta segunda-feira.
"Nos acertaram um golpe direto no queixo, promovido por norte-americanos", declarou Castro nesta segunda-feira. "É uma triste notícia sobre nossos mais destacados atletas, que não se apresentaram para a pesagem", emendou o presidente cubano.
Guillermo Rigondeaux medalhista de ouro nas Olimpíadas de Sydney-00 e Atenas-04 e campeão pan-americano em Santo Domingo-03 na categoria até 54 kg, e Erislandy Lara, campeão mundial de 2005 da categoria até 69 kg não compareceram à pesagem obrigatória antes das lutas.
Segundo o chefe da equipe cubana, Maximiliano Díaz Gomez, os dois atletas foram vistos pela última vez no sábado, quando pediram permissão para deixarem a Vila Pan-Americana temporariamente.
Com a deserção oficialmente confirmada, os dois atletas do boxe se unem ao jogador de handebol Rafael D'Acosta Capote, que deixou a Vila Pan-Americana e se dirigiu a São Paulo, em busca de abrigo.
"Na Alemanha existe uma máfia que se dedica a selecionar, comprar e promover boxeadores cubanos nas competições esportivas internacionais. Usam métodos psicológicos refinados e muitos milhões de dólares", declarou Fidel Castro sobre a deserção dos atletas de seu país.