UOL Esporte - Pan 2007
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22/07/2007 - 20h26

Com dois jogos por dia, softbol encara maratona esportiva

Da Redação
Em São Paulo

Dos esportes coletivos que disputam os Jogos Pan-Americanos, o softbol é o único que enfrentará uma maratona em todos os quatro dias da primeira fase (até quinta-feira). O critério com grupo único, de oito participantes, fez as seleções jogarem duas vezes por dia.

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Marcinha, capitã do time e que foi uma das que posaram para o catálogo sensual
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Sete jogadoras da seleção toparam fazer fotos. Elas estréiam nesta segunda
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O presidente da Confederação Brasileira, Jorge Otsuka, diz que a situação de duas partidas por dia é normal: "Elas estão preparadas para isso". Se o calendário já é apertado, pode ficar pior. A Cidade do Rock, sede do softbol, apresenta problemas na drenagem do campo e na iluminação do estádio, que já prejudicaram a organização dos jogos de beisebol neste Pan.

O Brasil estréia nesta segunda-feira, na sua primeira participação na competição, com duas partidas com uma diferença de cinco horas de uma para outra.

Capitã da equipe brasileira, a arremessadora Marcinha ratitifca as falas de Otsuka, mas prevê um cansaço mental. "A gente está acostumada a isso. Vão ser dois jogos muito acirrados. A parte psicológica vai desgastar bastante. Físicamente, estamos preparando. Eu espero que a torcida esteja com a gente", explica.

O primeiro jogo logo às 9h é justo contra os EUA, equipe que é pentacampeã do Pan e tricampeã olímpica. Em Atenas, a conquista das norte-americanas foi tão esmagadora que pôs em risco a continuidade do esporte no repertório olímpico. O segundo confronto, às 14h, é contra a arqui-rival Argentina, que recentemente venceu a brasileira por 11 a 4.

Sem grande tradição no softbol, a maior esperança das brasileiras é mesmo ficar entre as quatro melhores e chegar à semifinal, brigando por uma das três medalhas. "A gente vai conseguir o pódio. Conseguindo o pódio, a gente conseguir divulgar o esporte. Porque sem pódio, ninguém aparece. Eu sei que o resultado que eu tenho que mostrar é no campo", completa Marcinha, otimista.

Divulgação esta que foi uma preocupação na fase de preparação das meninas. Tanto é que a Confederação decidiu lançar um ensaio sensual com fotos das jogadoras para mostrar e tentar puxar os patrocinadores. Sete das 17 meninas foram chamadas e aceitaram posar apenas de camiseta. "O bacana é a força das meninas. Só isso é uma vitória. A coragem delas de posarem. Nós temos é que massificar o esporte".