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22/07/2007 - 11h41

Brasileiras ganham bronze no revezamento 4 x 100 m medley

Fernanda Brambilla
Enviada especial do UOL
No Rio de Janeiro

A equipe feminina do Brasil conquistou a medalha de bronze no revezamento 4 x 100 m medley dos Jogos Pan-Americanos. Mesmo com a velocista Rebeca Gusmão fechando a prova, o país não conseguiu superar o Canadá na briga pelo segundo lugar. O ouro foi para os Estados Unidos.

Reuters
Cielo, Kaio Márcio, Pereira e Barbosa exibem medalha de prata do revezamento
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As brasileiras ofereceram resistência apenas na primeira passagem, com Fabíola Molina no nado de costas. Nos 200 metros seguintes, elas ficaram para trás e chegaram na última nadadora com mais de cinco segundos de desvantagem para as norte-americanas.

As brasileiras terminaram a prova com o tempo de 4min09s27, quebrando o recorde sul-americano que já durava três anos. A marca antiga era de 4min12s90 e pertencia ao quarteto formado por Fabíola Molina, Mariana Katsuno, Ivi Monteiro e Rebeca Gusmão.

"É muito gratificante conseguir esse feito. Foi meu melhor tempo e um novo recorde, o que é muito importante para a natação feminina", disse Fabíola, que já tinha levado a medalha de prata nos 100 m costas. "Estamos vivendo um novo momento, de conquistas, tem uma geração muito boa surgindo aí, e isso só deve melhorar."

Para Tatiane, que mal teve tempo de se recuperar dos 200 m peito, valeu a experiência de sua primeira competição internacional. "A gente precisava disso mesmo, ver como são as adversárias, o que elas conseguem fazer. Treinar só, sem ter essa referência, dificulta ainda mais, porque a gente perde a noção do quanto tem que melhorar para estar no mesmo nível", avaliou Tatiane.

Rebeca Gusmão, destaque da prova, comemorou o resultado e elogiou as novatas do grupo. "Essas meninas, a Tatiane, a Daiene, estão vindo muito bem. São meninas, mas já têm tempos de gente grande. Fizemos uma boa prova e ainda temos tempo para melhorar algumas falhas", disse Rebeca.

O time dos Estados Unidos venceu com 4min04s60, estabelecendo novo recorde pan-americano mas ficando longe do recorde mundial de 3min55s74, e a equipe canadense cravou 4min07s85.

Na prova, o Brasil chegou nos primeiros 100 metros na segunda colocação, com Fabíola Molina ficando só quatro centésimos de segundo atrás de Julia Smit. Mas na segunda passagem, com Tatiane Sakemi no nado de peito, o Brasil já ficou três segundos e meio atrás das canadenses.

Tatiane havia acabado de nadar a prova de 200 m peito e ficara na sétima colocação. Daiene Dias foi a terceira brasileira a entrar na piscina e, no estilo borboleta, reduziu a diferença para menos de três segundos. Mas a tarefa ficou difícil para Rebeca Gusmão.

A velocista, que já havia conquistado neste domingo a vitória nos 100 m livre, foi a melhor da última passagem, ficando 70 centésimos à frente da norte-americana, mas não conseguiu tirar toda a diferença, deixando o bronze para o time feminino.

Essa foi a terceira medalha de Rebeca na competição -ela já havia ganhado ouro nos 50 m e 100 m livre. Fabíola já havia conquistado a prata nos 100 m costas, enquanto Daiene foi bronze nos 200 m borboleta.