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22/07/2007 - 23h41

Brasil vence teste contra Canadá e pega Cuba na semifinal

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Depois dois jogos sem muita dificuldade na primeira rodada, o Canadá ofereceu à seleção brasileira feminina uma chance se aquecer para a disputa por medalhas no basquete. A equipe foi mais bem mais exigida na vitória por 77 a 63.

CENAS DA VITÓRIA BRASILEIRA
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Brasil vai à semifinal com campanha de três vitórias em três jogos na primeira fase
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Defesa brasileira voltou a funcionar diante do Canadá, adversário mais forte da 1ª fase
IMAGENS DA RODADA DE DOMINGO
TABELA DE PARTIDAS NO PAN
O Brasil, dessa forma, assegurou a liderança do grupo A. E vai enfrentar a arqui-rival Cuba na semifinal, nesta segunda-feira, às 15h30. Estados Unidos e Canadá fazem o outro duelo.

"Foi importante essa primeira fase para podermos crescer, e estamos em uma crescente", afirmou a ala Micaela. "Foi indiscutivelmente nosso melhor jogo até aqui", disse o técnico Antônio Carlos Barbosa.

Nas duas primeiras rodadas, Jamaica e México se mostraram frágeis. Já as canadenses foram para a quadra da Arena Multiuso prontas para lutar. Assustaram no início da partida, mas depois foram controladas pela defesa do time da casa.

Mais uma vez a contenção de jogadas se mostrou como o ponto superior da equipe. "Foi uma defesa muito forte e rápida, que nos forçou muitos erros", afirmou a treinadora canadense Allison McNeill.

No ataque, a seleção teve paciência na movimentação de bola, cometeu poucos erros (10), mas dependeu em alguns momentos de lances individuais de Janeth, bastante inspirada nos arremessos de média distância. A veterana marcou 20 pontos e passa aos mata-matas como a cestinha do torneio com média de 19,6 pontos.

O jogo

No primeiro quarto, foi um festival de bolas dos três pontos para as canadenses, que acertaram quatro de suas primeiras cinco tentativas - foram seis de nove nos primeiros dois períodos. A armadora Teresa Gabriele e a pivô Jordan Adams se mostraram atiradoras respeitáveis. Cada uma anotou 11 pontos no primeiro tempo. Mas outras sete jogadoras pelo menos fizeram uma cesta, mostrando um basquete solidário e que pedia um combate mais agressivo.

A seleção demorou a se encontrar em quadra para neutralizar esses arremessos e perdeu o primeiro quarto por 29 a 21 - a primeira parcial em que foi derrotada no torneio. O panorama só foi revertido quando a defesa em pressão meia-quadra foi ativada e a marcação passou se alternar em diferentes tipos de zona. Isso fez que a movimentação canadense se retardasse e as oportunidades para os arremessos ficassem menos claras.

"O Canadá começou muito bem, com um aproveitamento incrível nos arremessos. Mas conseguimos nos adaptar", afirmou Barbosa.

Os erros no ataque (foram 11 em 20 minutos) deixaram as canadenses expostas defensivamente, e a veterana Janeth soube explorar esses espaços no contra-ataque - ela foi uma das que se mostrou mais atentas para o corte de passes. Esse "abafa" limitou o adversário a apenas 11 pontos no segundo quarto e uma liderança de 46 a 40 ao final do primeiro tempo.

Antes de ter a quadra aberta para suas investidas, a seleção dependeu do jogo de meia distância de Janeth e da atuação eficiente de Kelly debaixo da cesta. Faltaram, porém, novamente mais infiltrações e bolas de três pontos.

Na volta do intervalo, o Canadá procurou cuidar um pouco melhor de suas posses de bola. Mas a seleção se mostrou segura em sua postura defensiva, manteve a pressão e aumentou o placar para 66 a 54, mesmo sem Kelly por boa parte do quarto - a pivô foi para o banco com excesso de faltas.

A boa notícia foi a atuação segura da pivô reserva Mamá, no lugar de Êga, bastante dispersa em quadra. A jogadora marcou cinco pontos e aproveitou suas chances. Algo vital para o técnico Barbosa, que pouco tem aproveitado seu banco de reservas.