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21/07/2007 - 22h43

Juliana e Larissa confirmam o favoritismo e levam o ouro

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A medalha de ouro de Juliana e Larissa era uma das mais anunciadas da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. E ela foi conquistada na noite deste sábado de forma brilhante, com uma vitória de 2 sets a 0 sobre as cubanas Dalixia Fernandez e Tamara Larrea, com parciais de 21-15 e 21-17.

Flávio Florido/UOL
Juliana (d) e Larissa vibram com o ouro: passeio nas areias de Copacabana
Silvio Ávila/Divulgação
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FOTOS DOS JOGOS DESTE SÁBADO
Depois da partida na Arena de Copacabana, as duas jogadoras foram comemorar com os amigos e a torcida na arquibancada. Larissa puxou o coro do "Parabéns pra você" para a companheira, que completa 24 anos neste domingo.

"Esta medalha eu dedico à minha família, aos meus amigos e a cada brasileiro. Todos os brasileiros são vencedores e pra gente é muito bom poder vencer aqui e dar um pouco mais de felicidade para vocês", agradeceu Juliana, diante do público que acompanhou a final.

Esta é a 20ª medalha de ouro obtida pelo Brasil no Pan do Rio. E a segunda do vôlei de praia nacional na história do Pan. Apesar de ser umas das maiores potências da modalidade, o Brasil só tinha subido ao topo do pódio na edição de 1999, em Winnipeg, com Adriana Behar e Shelda.

No Rio de Janeiro, Larissa conquistou sua segunda medalha pan-americana. Ao lado da veterana Ana Richa, ela foi bronze em Santo Domingo-2003. Larissa deveria ter disputado o Pan com Juliana, mas sofreu uma contusão no joelho e não pôde ir à República Dominicana. Assim, a dupla só foi formada em 2004.

E apesar de jogarem juntas há apenas três anos, o título ratifica ainda mais a condição de Juliana e Larissa como sucessoras de Adriana Behar e Shelda, hexacampeãs mundiais e duas vezes vice-campeãs olímpicas.

Nas duas últimas temporadas, Juliana e Larissa dominaram o mundo do vôlei de praia. As brasileiras são bicampeãs mundiais e bicampeãs brasileiras. A dupla ainda é uma das únicas do Circuito que conseguem fazer frente às campeãs olímpicas, as norte-americanas Misty May-Treanor e Kerri Walsh.

No Pan, contra duplas bem mais fracas, as brasileiras passearam nas areias de Copacabana. Foram seis jogos, com seis vitórias por 2 a 0. Nenhuma das adversárias, em nenhum momento do Pan, conseguiu ameaçar a soberania brasileira.

A história se repetiu na final. As cubanas foram cordiais na entrada em quadra, dando flâmulas do país para as brasileiras. Juliana e Larissa retribuíram a cordialidade, entregando de graça os quatro primeiros pontos para as adversárias.

A troca de gentilezas acabou por aí. O nervosismo inicial foi embora e Juliana e Larissa abriram uma confortável vantagem de quatro pontos (9 a 5). A parcial foi fechada com o placar de 21-15.

"Eu estou me achando uma pessoa normal. O que aconteceu comigo foi supernatural. Senti um friozinho na barriga e quase esqueci que tinha que jogar. Depois a gente se concentrou e voltou a dar tudo certo. Voltamos a ser Juliana e Larissa", disse Larissa.

No segundo set, as cubanas deram um pouco mais de trabalho, igualando o jogo até o décimo ponto. Mas as brasileiras forçaram o ritmo e fecharam a parcial em 21-17. Na comemoração, novamente escalaram a arquibancada e foram abraçadas pela torcida.

A decepção ficou por conta do público. Apesar do Comitê Organizador dos Jogos ter anunciado que todos os ingressos haviam sido vendidos, muitos lugares em todos os setores das arquibancadas estavam vazios.

Os presentes, entretanto, cantaram com bastante disposição "Parabéns a você" para Juliana, que faz aniversário neste domingo.