UOL Esporte - Pan 2007
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21/07/2007 - 10h32

Para seleção, vitória do Pan não apagará trauma de 2003

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O jogo contra a Venezuela nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo aconteceu há quatro anos. Depois disso, a seleção brasileira masculina de vôlei conquistou uma medalha de ouro olímpica, um título mundial e quatro vezes a Liga. Mas a derrota nas semifinais do Pan de 2003 ainda está marcada na equipe. E não será esquecida, mesmo com uma possível vitória no Rio de Janeiro.

Sílvio Ávila
Para Bernardinho, a derrota sofrida para a Venezuela no Pan-2003 não será apagada
RICARDINHO FORA DE TREINO
PÁGINA ESPECIAL DE VÔLEI
"Vocês não me deixam esquecer. Santo Domingo é inesquecível. É uma lição que vamos levar para o resto da vida", disse o técnico Bernardinho no início da madrugada deste sábado, após o primeiro treino do Brasil no ginásio do Maracanãzinho, palco do vôlei no Pan.

Na República Dominicana, o Brasil chegou ao Pan como favorito ao ouro. Mas o time, que pouco antes havia conquistado da Liga Mundial em Madri, na Espanha, jogou desconcentrado e perdeu as semifinais para a Venezuela. Como consolo, terminou a competição com o bronze.

No Rio, a seleção também é favorita absoluta ao título e voltou a enfrentar uma situação parecida de falta de tempo. No último domingo, a equipe ganhou a Liga Mundial pela sétima vez ao derrotar a Rússia na decisão em Katowice, na Polônia.

Agora, o time quer usar a lição aprendida na República Dominicana para evitar que os erros cometidos em Santo Domingo se repitam no Rio de Janeiro.

"Aquela derrota a gente não esquece, mesmo ganhando este Pan. Era um jogo que estava nas nossas mãos. Foi um aprendizado que a gente vai levar para o futuro. A gente tem que manter o nosso ritmo senão fica complicado", disse o meio-de-rede Rodrigão.

O time, entretanto, sabe que é favorito ao título. E diz estar preparado para enfrentar a pressão pela vitória em casa.

"A gente aprendeu ao longo do tempo não cair na armadilha do favoritismo. Este grupo é bem fechado e experiente. A gente tem que respeitar todo mundo", disse o ponteiro Giba.

Mesmo assim, o técnico Bernardinho avisa que a equipe não é invencível. "O que a gente sente é que nos tiraram o direito de perder. A equipe não é imbatível ou infalível. Essa é uma imagem que se criou que não é real", disse o treinador.