O judô do Brasil não pode terminar mais com 100 % de aproveitamento no Pan-Americano do Rio de Janeiro, mas ainda pode quebrar um recorde: com nove medalhas até aqui, se conquistar pódios nas últimas quatro categorias, supera a marca de 12 medalhas de Indianápolis-1987.
Neste domingo, a maior aposta para ouro vem com o gaúcho João Derly (até 66 kg). Primeiro brasileiro campeão mundial da modalidade (Egito-2005), ele caiu em uma chave difícil. Estréia contra o boliviano Guzman, mas logo em sua segunda luta encara o cubano Yordanis Arencibia, dono de 25 medalhas em Copa do Mundo, sete de ouro.
Os dois já se enfrentaram três vezes e em duas delas o brasileiro foi derrotado. O último confronto foi na etapa da Copa do Mundo realizada em Belo Horizonte, em maio. Na ocasião, Derly perdeu após uma polêmica decisão da arbitragem. "Estou engasgado com aquela luta e quero descontar a derrota agora, no Pan", afirmou.
Além do gaúcho, Alexandre Lee luta na categoria até 60 kg, que tem como favoritos o argentino Miguel Albarracin e o cubano Yosmani Pike. "A minha expectativa se resume a uma palavra: superação. A cada luta vou dar tudo o que posso pela vitória".
Entre as mulheres, Daniela Polzin (até 48 kg) e Érika Miranda (até 52 kg) são a esperança da primeira vitória do time feminino sobre o masculino em Pans. Até agora, são dois ouros, com Edinanci Silva e Danielle Zangrando, contra um, de Tiago Camilo.
A tarefa, porém, não será das mais fáceis. Na categoria de Daniela, a favorita é a cubana Yanet Bermoy, campeã mundial em 2005. Na de Érika, outra cubana, Sheila Espinosa, campeã da Super Copa do Mundo de Paris deve lutar pelo ouro.