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21/07/2007 - 12h52

Brasil coloca três na final, mas Flávio Canto se machuca

Bruno Doro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A torcida brasileira festejava: até aquele momento, todos os brasileiros tinham vencido e já tinham garantido vaga na final. Mas, quando Flávio Canto, o preferido do público, caiu sobre o braço direito, o silêncio imperou no Riocentro.

Maurício Val/Fotocom.net
Canto contra o norte-americano Travis Stevens na semifinal antes de se machucar
Maurício Val/Fotocom.net
Depois de cair e sentir o braço, o judoca carioca tenta se recuperar mas em vão
PERFIL DE FLÁVIO CANTO
Esperança de medalha de ouro, o judoca contundiu seriamente o braço, sofrendo uma luxação no cotovelo direito. Ainda tentou voltar a lutar, apenas para permitir que o norte-americano Travis Stevens o vencesse por ippon.

"Era uma luta difícil e o Flávio sabia disso. O americano vinha bem do outro lado da chave. Foi uma ação de defesa, quando ele se virou para não cair de costas, acabou apoiando a mão e o cotovelo virou", explicou Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina de judô, após exame preliminar dos médicos. À tarde, Canto faz uma ressonância no cotovelo.

A tristeza com que a torcida brasileira foi para o intervalo, após a derrota de Canto, que não vai voltar para disputar o bronze, contrastava com o clima de euforia antes da luta do carioca.

O judô brasileiro vibrava com os 100% de aproveitamento até ali no dia. Nem mesmo os bichos-papões de Cuba conseguiram ameaçar, sendo derrotados em duas categorias, por Leandro Guilheiro, na semi, e Flávio Canto, ainda nas quartas.

A primeira a se classificar para a decisão foi Danielli Yuri. Azarona, a judoca paulista de apenas 1,60 superou a gigante argentina Daniela Krukower. Gigante nos dois sentidos: pelo menos dez centímetros mais alta e campeã mundial em 2003.

A brasileirinha, porém, não se intimidou. Após quase tropeçar em sua estréia, ela venceu a argentina por ippon. Na final, outra pedreira: a bicampeã mundial Driulis Gonzalez, de Cuba, que eliminou a venezuelana Ysis Barreto.

O segundo foi Leandro Guilheiro. O medalhista olímpico, em seu primeiro Pan-Americano, derrubou o cubano Ronald Girones na semifinal, em um combate tático e nervoso. Na decisão, o norte-americano Ryan Reser, duas vezes campeão do Pan-Americano da modalidade.

A mais rápida foi Danielle Zangrando. Em apenas 12 segundos, ela despachou a colombiana Yadinis Amaris, em decisão muito discutida pela colombiana. Na final, ela enfrenta a norte-americana Valerie Gotay.

As finais começam às 14 horas.