UOL Esporte - Pan 2007
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20/07/2007 - 21h04

Brasil reconhece mau desempenho na disputa do bronze com Cuba

Da Redação
Em São Paulo

Mais do que a derrota para Cuba, na disputa pelo bronze do torneio feminino de pólo aquático, o time brasileiro lamentou o jogo ruim diante das adversárias que já haviam sido superadas nas duas últimas edições do Pan e na fase classificatória dos Jogos do Rio.

"O time sentiu o lado psicológico. Nunca vi jogarem tão mal. E perder dez lances de jogadoras extras (O Brasil acertou 1 em 11) e dois pênaltis faz a diferença no final. O normal é ter pelo menos uns 30% de acerto com jogadoras extras", avaliou o treinador brasileiro, Roberto Chiappini, em entrevista à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Os pênaltis perdidos foram da capitã Flávia Fernandes, aos 1min38 do primeiro quarto, mandando a bola na trave, e Fernanda Lissoni, aos 3min13 do segundo, em defesa da goleira cubana Zunzunequi.

A marcadora Bárbara Amaro, a Baby, concorda com o técnico. "Nós jogamos mal. Não tenho explicação, acho que não era dia mesmo. Erramos demais, de pênaltis a jogadas em que tínhamos jogadoras a mais", afirmou.

A atleta destaca ainda que o resultado ruim foi em casa, no parque aquático Júlio Delamare, o que piora a situação. "Tivemos uma torcida maravilhosa a torcer por nós, que nos empurrou e mesmo assim, deixamos a medalha escapar. Queríamos tanto disputar a final e ficamos tão tristes com a perda na semifinal, que não jogamos hoje", lamentou.

O Brasil tinha como principal objetivo no Pan se classificar em terceiro lugar para enfrentar o Canadá na semifinal e tentar uma vitória e a inédita classificação para a final. A primeira parte do plano se concretizou, e as brasileiras até conseguiram equilibrar a disputa com as canadenses, mas acabaram perdendo por 6 a 5. As cubanas, por sua vez, perderam por 16 a 3 para os Estados Unidos e chegaram com todo o gás para a disputa do bronze com as brasileiras. Venceram por 6 a 5.

Camila Pedrosa, que perdeu a chance de ser a primeira brasileira a ter três medalhas pan-americanas no pólo, depois dos bronzes conquistados em Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003 acha que o resultado da final não deve desmotivar as atletas.

"Esta última partida não demonstra algo que estou convicta, nós evoluímos em nosso jogo e devemos dar prosseguimento a isto", define a jogadora de 32 anos.

Camila anotou dois gols na partida; os outros foram de Luiza Carvalho, Baby e da capitã Flávia Fernandes. Os gols cubanos foram de Danay Gutierrez (3), Hirovis Hernandez, Yanelis Andreu e Lisandra Frometa. Além de artilheira da partida, a cubana Danay foi a goleadora da competição com 16 gols, seguida pela portorriquenha Amanda Ortiz, com 15.