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20/07/2007 - 23h58

Janeth inicia despedida da seleção como cestinha na estréia

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A ala Janeth iniciou bem seu torneio de despedida da seleção brasileira e liderou um ataque balanceado na vitória por 81 a 69 contra a Jamaica, nesta sexta-feira, na Arena Multiuso.

CENAS DA VITÓRIA BRASILEIRA
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Jamaicana tenta passar pela marcação do Brasil na partida desta sexta-feira no Rio
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Veterana Janeth comemora anotação durante a vitória da seleção na estréia
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Brasileiras comemoram a vitória sobre a Jamaica na estréia do basquete no Pan
TABELA DE JOGOS NO PAN
IMAGENS DA RODADA
Contra um adversário fraco, a veterana de 38 anos marcou 28 pontos e foi a principal cestinha da rodada de abertura do torneio feminino de basquete do Pan.

"Agora só faltam quatro", afirmou a jogadora, em contagem regressiva para o fim da carreira na equipe. "Foi meu primeiro jogo desde o Mundial [em setembro do ano passado] e ainda estou com fôlego bom."

A seleção precisou dos primeiros dez minutos do jogo para se adaptar ao estiloo físico das jamaicanas. Quando uma defesa por zona, porém, foi adaptada, as fraquezas das adversárias foram expostas, e a equipe de Barbosa começou a se soltar.

Os erros jamaicanos ativaram o contra-ataque brasileiro, favorecendo o basquete da veloz Adrianinha (11 pontos), segura, e das alas Janeth, Micaela (11 pontos) e Karen (dez pontos).

A seleção volta a jogar neste sábado, contra o México, pela segunda rodada do grupo A. As mexicanas perderam por 74 a 63 do Canadá nesta sexta. Em amistoso no dia 12 de julho, em Macaé, o Brasil venceu por 71 a 44.

O jogo
Com um time forte fisicamente e atlético, a Jamaica surpreendeu a marcação brasileira no primeiro quarto. As pivô Simone Edwards e Althea Byfield exibiram um jogo sólido debaixo da cesta, e Kelly teve problemas para contê-las sozinha.

Foi dessa forma que a equipe caribenha conseguiu jogar ponto a ponto com o Brasil e até assumiu a liderança nos instantes finais da primeira parcial, com 17 a 16. Uma cesta no fim, porém, devolveu a dianteira do placar ao time da casa.

No segundo quarto, Barbosa acionou uma mudança defensiva em sua equipe, passando a marcar por zona 2-3, justamente para congestionar a área de atuação das grandalhonas adversárias. Deu certo, já que as caribenhas perderam espaço para operar com as pivôs e não se mostraram adeptas dos arremessos de longa distância.

Do outro lado, a ala Janeth, muitas vezes posicionada à esquerda no garrafão, e a ala-pivô Êga, com seu arremesso de média distância e possibilidade de corte à cesta, centralizaram as ações ofensivas da equipe.

O ataque ganhou mais vitalidade quando Micaela saiu do banco de reservas para substituir a ala-armadora Karen. A jogadora converteu duas bolas de três pontos que animaram a torcida e ganhou confiança na partida.

Janeth terminou o primeiro tempo com 15 pontos, mas só voltou à quadra no fim do terceiro quarto, recuperando-se de uma pancada que recebeu no rosto no segundo quarto.

A essa altura, a partida já estava controlada. A Jamaica não conseguiu se adaptar à marcação brasileira. E também não parava o ataque da seleção, que teve uma pontuação bem distribuída por seu elenco - pouco explorado nessa estréia: nos primeiros 36 minutos, apenas duas reservas foram à quadra, Micaela e a pivô Mamá.

A vantagem brasileira só cresceu no quarto período, diante do já desmotivado time caribenho. Nos minutos finais, contudo, a seleção "tirou o pé" e permitiu que a Jamaica chegasse a ficar a 13 pontos no placar, com 1min20s para o fim. Mas nunca foi uma ameaça.