UOL Esporte - Pan 2007
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20/07/2007 - 22h01

Torcida brasileira apóia Argentina contra Cuba no basquete

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Para o torcedor brasileiro ficar contra Cuba no Pan, já vale tudo. Até torcer em favor da Argentina. Nesta sexta-feira, o público que compareceu à Arena Multiuso ficou em favor dos tradicionais rivais sul-americanos na derrota do país para Cuba, por 81 a 79, na primeira rodada do torneio feminino de basquete.

EFE
A argentina Alejandra Chesta (e) entra no garrafão diante da cubana Yolesini Soria
PÁGINA ESPECIAL DO BASQUETE
IMAGENS DO ESPORTE NO PAN
Provavelmente motivados pelas recentes vitórias do país comandado por Fidel Castro contra o Brasil no judô e, especialmente, no vôlei, os espectadores protagonizaram essa cena inusitada.

Vibraram com cada cesta da reação argentina diante das cubanas, que são candidatas a ouro. E também cantaram: "Cuba, pode esperar, a sua hora vai chegar".

Ao final da partida, decidida apenas na prorrogação, o público vaiou o resultado e aplaudiu a seleção argentina no momento de sua saída de quadra. O gesto contra as cubanas motivou o locutor do ginásio pedir que se mostrasse que "que o Brasil é medalha de ouro em hospitalidade".

"Eu nunca vi isso acontecer. Ficamos todos muito surpresos", afirmou o pivô Martín Leiva, da seleção masculina, que estava assistindo à partida da arquibancada.

A identificação entre o público brasileiro e os brasileiros, porém, já não é um fato inédito no basquete feminino. No ano passado, no Mundial de São Paulo, o time ganhou o apoio dos espectadores no ginásio do Ibirapuera com sua aplicação em quadra.

No fim, naquele torneio, só teve torcida contra quando enfrentaram a seleção brasileira, em partida decidida apenas com uma bola milagrosa da armadora Helen.

Com a base da equipe que foi a grande surpresa do Mundial do ano passado e terminou com a nona colocação, mas desfalcada de sua principal atleta - a pivô Gisela Veja -, a equipe sul-americana novamente se candidatou ao posto de "zebra".

Depois de perder o primeiro tempo por 40 a 25, a Argentina reagiu nos últimos 20 minutos e conseguiu o empate na última bola do tempo regular. Marcela Paoletta converteu uma bola dos três pontos e empatou o jogo em 66 a 66.

Na prorrogação, no entanto, pesou o tamanho das cubanas, que pontuaram em demasia debaixo da tabela.

Os times estão inscritos no grupo A do Pan, ao lado também de Estados Unidos e Colômbia. Na rodada inicial, as norte-americanas derrotaram as colombianas com facilidade.