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19/07/2007 - 14h59

Com metade das medalhas de 2003, remo fala em renovação

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O remo brasileiro encerrou sua participação no Pan do Rio de Janeiro com apenas três medalhas, a metade das obtidas em Santo Domingo-2003. A avaliação dos atletas é a de que o país precisa de uma reciclagem para tentar melhorar seus resultados.

Fernando Donasci/FI
Os brasileiros do skiff quádruplo peso-leve ficaram a quatro centésimos do bronze
QUEBRA PAU NO REMO
FABIANA BELTRAME CHORA
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"Temos de trabalhar gente nova. Renovação com quantidade é a prioridade para nós", afirmou o timoneiro Nilton Alonço, o "Gauchinho", 58, mais experiente atleta da equipe. "Precisamos de mais. Nós não tínhamos gente para disputar todas as provas aqui. Para formar a equipe do oito com precisamos de remadores de outros os barcos. Isso não é o ideal."

Na guarnição que ganhou a prata na última prova da modalidade nos Jogos do Rio, remaram com Gauchinho os atletas do quatro sem (Renan Castro, Alexandre Ribas, Leandro Tozzo e Gibran Cunha) e os do dois sem (Anderson Nocetti e Allan Bittencourt), além de Marcellus Marcili, que também competiu no skiff simples, e Beto Nascimento, único exclusivo do grupo ao lado do timoneiro.

Cunha usou o exemplo da ginástica artística feminina para pedir mais apoio ao remo brasileiro. "É preciso mais investimento nas categorias de base. Modalidades que antes não iam tão bem em grandes competições, como a ginástica artística, cresceram muito em resultados após receberem mais incentivo."

A renovação da equipe, porém, já foi iniciada no próprio Pan do Rio. Dos 27 integrantes do time brasileiro, 15 competiram nos Jogos pela primeira vez.

Beto Nascimento, um desses estreantes - apesar de não ser necessariamente um 'calouro', pois competia na seleção na década de 90 até abandonar o esporte em 1996 - tem nessa reformulação a causa para a escassez de pódios. "Esse é um período de entressafra", disse.