Com torcida comportada, Brasil se despede da chave feminina

Quando jogam em casa, os tenistas brasileiros estão habituados a um clima de constante pressão sobre os adversários. Na segunda rodada do torneio feminino no Pan, nesta quinta-feira, não foi o que ocorreu, e o país já não tem mais representantes na chave de simples.

Joana Cortez e Jenifer Widjaja foram eliminadas por argentinas diante de uma pacata platéia no Clube Marapendi, sede da modalidade nos Jogos.

Joana foi a primeira a entrar em quadra, por volta das 15h30, com uma 1h30min de atraso devido à chuva na cidade pela manhã. Carioca, ela conseguiu reunir um público maior para sua segunda apresentação no torneio.

Mas não no tamanho suficiente para intimidar Jorgelina Cravero, que mandou na partida e só esteve atrás no placar de games apenas uma vez, na metade do segundo set. A tenista contou com o incentivo de alguns amigos e familiares na arquibancada. "Meus pais moram aqui do lado. Então vieram. Também tinha tios, primos e outros conhecidos", afirmou.

Mas a família de Cortez - que procurava apoiar a tenista a cada erro ou acerto, com gritos como "não desista, Joaninha", "vamos virar, Joana" etc. - não foi suficiente para inflamar a atleta ou mesmo os outros torcedores.

Em alguns momentos a árbitra mexicana Cristina Romero teve de intervir para pedir silêncio aos torcedores. Mas foi muito mais contra algumas manifestações isoladas do que por qualquer tipo de catarse coletiva.

Tanto que Cravero se sentiu à vontade em quadra - com ocorre normalmente, aliás, na grande maioria das arenas do circuito profissional. "Foi um clima bem tranqüilo, e é assim que deve ser", afirmou. "Eu gosto de jogar com o apoio da torcida. Eles ajudaram, mas hoje não foi tanto assim", disse a brasileira.

Quando a bicampeã pan-americana nas duplas deixou a quadra, boa parte dessa torcida "particular" a acompanhou. O que deixou a partida de Jenifer ainda com um clima mais ameno para o duelo com Betina Jozami.

Jenifer entrou em quadra ainda com luz natural, por volta das 17 h. Aos poucos, escureceu, o frio intensificou e esfriou também os cerca de 100 espectadores presentes - incluindo voluntários.

O público, porém, pegou gosto pelo jogo quando a brasileira virou empatou a partida no segundo set. Foi ensaiado um grito de "Brasil" quando ela marcou 5-4 no placar. A tenista, porém, se descontrolou em quadra e frustrou a pequena torcida presente.

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