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18/07/2007 - 23h12

Cuba vence Peru e será rival do Brasil na final feminina de vôlei

Da Redação
Em São Paulo

A final prevista pelo técnico e pelas jogadoras da seleção brasileira de vôlei para o Pan-Americano se confirmou. Na noite desta quarta-feira, o time de Cuba venceu o Peru na segunda semifinal do dia. As cubanas marcaram 3 sets a 0, com parciais de 25-14, 25-23 e 25-22. A decisão da medalha de ouro entre Brasil e Cuba está marcada para as 15 horas desta quinta-feira.

Reuters
Cubanas comemoram vitória sobre o Peru e classificação para a final, contra o Brasil
BRASIL VENCE ESTADOS UNIDOS
FOTOS DAS SEMIFINAIS
PÁGINA ESPECIAL DE VÔLEI
O Peru, que é treinado pelo brasileiro Ênio Figueiredo, foi a grande zebra das semifinais, ao superar a República Dominicana na disputa pelo segundo lugar no grupo A, o mesmo do Brasil. Na última segunda-feira, a equipe marcou 3 sets a 2 em um confronto equilibradíssimo com as atuais campeãs pan-americanas. Nesta quarta, a equipe voltou a mostrar vontade, conseguindo equilibrar a disputa nos dois últimos sets.

No final, contudo, prevaleceu a tradição, a força e a experiência das cubanas, que foram medalhistas nas últimas dez edições do Pan. Brasil e Cuba se enfrentaram em duas finais pan-americanas, com uma vitória para cada lado. Em Havana-1991, as cubanas levaram a melhor. As brasileiras deram o troco em Winnipeg-1999.

José Roberto Guimarães já sabe o que as brasileiras precisam fazer para vencer mais um duelo. "Cuba é um time que saca e ataca muito bem. Precisamos ter um bom desempenho na recepção para conseguirmos vencer. As cubanas jogam de maneira agressiva e, por isso, devemos sacar bem, dificultando a recepção delas. Se jogar com passe na mão, Cuba pode dificultar muito o jogo. Teremos que ter cuidado com três grandes sacadoras: Barros, Carrizo e Santos. Quando elas forem para o serviço, nosso passe precisa funcionar", avisa.

O treinador ressalta ainda que as jogadoras não podem cair em eventuais provocações das cubanas. "Já perdemos a chance de chegarmos em uma final olímpica (em 1996, nos Jogos de Atlanta) quando caímos na provocação de Cuba. Isso não pode se repetir. Os árbitros estarão muito atentos a isso e serão rigorosos. Devemos marcar nossos pontos, virarmos para nossa quadra e comemorarmos com a nossa torcida. Não vale a pena cair na delas", alerta.

Nas semifinais de Atlanta-1996, quando as jogadoras trocaram muito mais do que insultos, depois da vitória cubana no tie-break, resultado que se repetiu nos Jogos de Sydney-2000. Em Atenas-2004, as seleções se enfrentaram na disputa pelo bronze e Cuba, mais uma vez, levou a melhor. No Mundial do Japão-2006, contudo, as brasileiras foram vices, enquanto o time de Cuba não passou de um sétimo lugar.

A levantadora Fofão participou da final do Mundial de 1994, quando o Brasil perdeu para Cuba jogando no ginásio do Ibirapuera. Para ela, a relação com as rivais está melhor. "É claro que a rivalidade continua. Mas é diferente. Antes, nem podíamos nos encontrar. Hoje, até conversamos com as cubanas", compara.

Ela espera usar sua experiência para ajudar as companheiras no confronto que promete ser difícil. "Quero ganhar essa medalha para fazer parte desse momento inesquecível para o vôlei brasileiro. A adrenalina será maior, mas, como capitã do time, preciso orientar minhas companheiras a não cair em nenhum tipo de provocação", conclui.