Com Kaio na frente, Brasil faz dobradinha nos 100 m borboleta

O Brasil conseguiu uma dobradinha na prova dos 100 m borboleta dos Jogos Pan-Americanos. Kaio Márcio conquistou a medalha de ouro, na manhã desta quarta-feira, no Parque Aquático Maria Lenk, e deixou logo atrás Gabriel Mangabeira. Esse foi o nono ouro do país no Rio, o quarto na natação.

"Estou muito feliz, e ainda mais por ter sido dobradinha do Brasil", disse Kaio após a prova. "Esse é meu primeiro Pan e levar a medalha de ouro foi uma conquista muito importante."

A disputa individual com o venezuelano Albert Subirats deu lugar a uma dobradinha de pódio que surpreendeu Márcio, mas ele preferiu não dar o duelo por vencido. "Ele não venceu, mas fez um bom tempo. Ele (Subirats) é um grande nadador, e é sempre equilibrado nadar com ele. Ainda mais aqui no Brasil, que a pressão ficou toda em cima de mim."

Apesar da vitória, Kaio Márcio não atingiu seu objetivo inicial da competição, que era voltar a marcar 51s99. "Foi por pouco, mas estou voltando de contusão e essa é uma volta por cima", disse o nadador, que não foi ao Mundial de Melbourne no início do ano porque ainda se recuperava da contusão no ombro, sofrida em dezembro do ano passado.

Kaio, que foi campeão mundial da prova em piscina curta, em 2006, não teve boa largada, mas deu sinais de recuperação perto da virada. Mesmo ficando atrás do venezuelano Alberto Subirats nos primeiros 50 metros, ele contou com boa velocidade na reta final para arrebatar mais um ouro para o país.

Após o "sprint", Kaio bateu na frente, com o tempo de 52s05, que é o novo recorde pan-americano, enquanto Mangabeira, que havia feito o melhor tempo das semifinais e foi finalista dessa prova nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, cravou 52s43.

"É um grande feito para a natação brasileira. Nos 50 m finais, dei um gás e senti que dava para pegar pódio. Estou muito feliz, é uma alegria muito grande vencer aqui, com esse pessoal todo gritando", comemorou Mangabeira.

A medalha de bronze ficou com Subirats, que mostrou muita força nos primeiros 50 metros, mas foi ultrapassado pelos dois brasileiros no fim. O venezuelano havia feito o segundo melhor tempo das semifinais e é o atual detentor do recorde sul-americano, com 51s81, obtido no Mundial de Melbourne, em março deste ano.

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