Em um Pan cercado de ambições do judô brasileiro, cabe ao carioca João Gabriel Schlitter e à santista Priscila Marques a tarefa de estrear no Rio 2007. Responsabilidade em dobro para os maiores, pelo menos no tamanho, judocas da equipe.
"Se fizermos o arroz com feijão que estamos treinando, se chegarmos confiantes e não nos precipitarmos na luta, é só não deixar a torcida influenciar muito e temos que esperar por bons resultados", diz Schlitter, 1,97 m e 111 kg.
"Acho que é importante, tanto eu, quanto o João, abrir bem o primeiro dia. Se formos bem, daremos tranqüilidade para equipe. Ao mesmo tempo, não temos que entrar com essa cobrança, mas sim mostrar realmente o trabalho que toda a equipe faz desde o ano passado", completa Priscila, 1,76m e 115 kg.
A judoca, aliás, vai lutar por sua segunda medalha nos Jogos, após uma grande frustração em Santo Domingo, há quatro anos, quando lesionou o cotovelo durante a competição.
"Confio na preparação diferenciada que a equipe feminina vem fazendo desde o ano passado. Acabei por uma fatalidade não tendo a chance de disputar medalha em Santo Domingo, mas dessa vez acredito que a história será outra", confia a santista, bronze em Winnipeg-1999.
Estreante, Schlitter admite que a ansiedade é grande. "Os dias começaram a passar mais rápido depois que chegamos na Vila. O clima da equipe é ótimo e tenho certeza de que vou dar até a ultima gota de sangue por uma medalha".
O gaúcho espera muito apoio da torcida. "Será emocionante ter tantos amigos e parentes na arquibancada torcendo por mim. A gente fica vendo as competições que já começaram pela TV e fica imaginando como será na nossa hora".