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18/07/2007 - 17h54

Garotos se divertem com gritos de Obina da torcida

Bruno Doro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção brasileira masculina de futebol ouviu, pela primeira vez no Pan-Americano do Rio de Janeiro, gritos de protesto da torcida. Bem humorada, porém, a arquibancada apenas ensaiou gritos de "queremos raça", mas gritou a plenos pulmões "Obina é melhor que Etoo", grito da torcida flamenguista.

Os jogadores, todos abaixo de 17 anos, se divertiram com a comparação. Atacante titular, autor do segundo gol e jogador do Vasco, Alex preferiria uma outra comparação. "Pôxa, eu sou vascaíno, preferia que tivessem gritado Romário", disse, rindo.

Autor do primeiro gol, Maicon também deu muita risada sobre os gritos. "Ouvi os gritos sim", afirmou, também sorrindo. "Não posso fazer nada, né? Torcida é torcida. Se eles chamaram pelo Obina, deve ser um elogio. Ele é um grande jogador", completou o atacante do Fluminense.

O meia Lulinha, grande estrela da seleção, foi o que mais se divertiu. Ao ser perguntado sobre a comparação, gargalhou. "O Obina é um excelente jogador", falou, entre risadas.

O técnico Lucho Nizzo preferiu diminuir o alcance dos protestos. "Para mim, não foi nenhuma crítica ao time. Só mesmo uma rivalidade clubística, de Flamengo, Vasco, Fluminense, normal", analisou.

O consenso, porém, foi que o grande vilão do jogo foi a impressão que a partida anterior, o 10 a 0 do Brasil feminino sobre o Equador, deixou nos torcedores. "Talvez os torcedores viram os 10 a 0 e pensaram que a gente podia golear também. Mas achamos uma equipe muito mais forte e que saiu para o jogo", avaliou Lulinha.

"A torcida sempre está incentivando e quer espetáculo. Acho que se tivesse 10 a 0 eles continuariam querendo espetáculo e isso é normal. Mas eu garanto que não faltou esforço. O que é bom é que as meninas estão bem e espero que sejam campeãs", completou o volante Fillipe.

"Foi um jogo mais difícil do que na estréia. O time da Costa Rica estava mais bem organizado e ainda tinha três atletas sub-20, que fizeram a diferença. Nós sempre temos que atacar, mas eles estavam bem postados", finalizou Nizzo.