Se um dia você for a um bar em Colorado Springs, nos Estados Unidos, prepare-se: do outro lado do balcão você pode encontrar um barman perigoso. Careca, com olhar de mau, Jason Turner foi o grande destaque das provas de tiro até agora no Pan-Americano do Rio de Janeiro.
Mesmo sendo o dono de dois ouros pan-americanos no Rio 2007 e um em Santo Domingo-2003, Turner não se dedica integralmente ao esporte. Amador, para seguir atirando precisa de seu emprego como bartender, para pagar equipamentos, munição e viagens, por exemplo.
"Eu não tenho patrocínio e não recebo apoio algum Só tenho ajuda com o local de treinos, que não tenho de pagar para usar. Mas tenho que trabalhar como bartender para poder atirar", diz o atleta de 32 anos.
Na segunda-feira, ele venceu a prova de pistola livre 50 metros com folga e ainda reclamou que perdeu concentração no meio da fase classificatória. Na terça-feira, teve mais dificuldades para vencer o brasileiro Júlio de Almeida na pistola de ar 10 metros.
De poucas palavras, Turner considerou a competição no Rio de Janeiro "normal", mas elogiou o Centro Nacional de Tiro, recém inaugurado. "Nos EUA, só temos uma instalação como essa na Geórgia. As condições aqui são boas".
Turner é descrito como "um dos melhores atiradores do país e favorito à vaga nas provas de pistola do time americano para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008" pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos.
COM EMOÇÃO, BRASILEIRO É PRATA 
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