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17/07/2007 - 17h26

Brasil supera nervosismo e vence Cuba em prévia da final feminina

Fernanda Brambilla
Enviada especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção feminina de handebol superou nesta terça-feira o maior de seus medos: derrotou Cuba, considerada a adversária mais forte do Brasil, e abriu caminho ao título dos Jogos Pan-Americanos.

EFE
Aline Santos (e) tenta impedir que a cubana Gómez finalize para o gol brasileiro
Crédito
Juceli executa marcação sobre cubana no jogo em que o Brasil bateu Cuba
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Com a vitória, por 32 a 28, o Brasil termina a fase de grupos como líder e, com três vitórias em três jogos, avança invicta à semifinal.

O técnico Juan Oliver saiu um pouco preocupado com algumas falhas na defesa brasileira durante o início do jogo, mas se disse satisfeito com a atuação da equipe. "Já enfrentamos Cuba e sabíamos que seria uma partida muito forte", disse, e preferiu não escolher o adversário na final. "Temos dois grandes adversários, Cuba e Argentina, e agora já vencemos os dois. Mesmo assim, ainda temos partidas pela frente e não vamos pensar na final atnes da hora."

O destaque da partida foi a armadora Deonise, que não havia entrado no jogo anterior. Com oito gols, foi a artilheira brasileira e do jogo, ao lado de Dali. Do lado cubano, Duran também se igualou à estrela Gomez Hernandez, com nove gols cada.

"Essa vitória sem dúvida nos dá um grande alívio, já que Cuba já vinha preocupando a gente. Imaginávamos já como seria, mas é diferente passar por isso. Agora vamos continuar treinando muito, porque ainda temos chão pela frente até a final", disse Deonise.

O técnico cubano, Senovio Maturrel, foi mais direto. "Cometemos muitos erros e precisamos corrigi-los agora. Temos um encontro marcado na final", decretou, assumindo o favoritismo das duas seleções.

O início do jogo foi marcado pelo nervosismo das brasileiras, que abriram o placar com Dani Piedade, lono no primeiro minuto de jogo. Deonise ampliou antes que as cubanas marcassem. Com arremessos fortes, Morens e a principal jogadora de Cuba, Gómez Hernandez, empataram.

Alexandra e Aline, que também foi essencial na marcação, ao lado de Duda Amorim - as mais altas da equipe, marcaram para deixar a seleção novamente à frente, mas a estrela cubana deu trabalho à defesa Chana.

O equilíbrio e a tensão marcaram toda a primeira etapa, em que o técnico Juan Oliver fez uma importante troca logo aos 10 minutos, colocando Darly no gol. A mudança deu certo e, com mais segurança, as brasileiras deixaram de cometer erros bobos do início da partida, como a perda de bola na armação do ataque. O Brasil se manteve à frente durante toda a segunda metada do primeiro tempo, e foi para o intervalo com 16 a 14.

No segundo tempo, o Brasil conseguiu manter a vantagem no início. Com Dali e Dani Piedade em quadra. Logo aos seis minutos, Chana voltou ao gol e fez duas defesas seguidas em jogadas individuais de Gómez Hernandez.

O Brasil chegou a abrir 26 a 20, mas Fabi cometeu falta e foi punida com dois minutos fora da quadra. Com isso, Cuba diminuiu a diferença para quatro gols, com 27 a 23. Aos 22 minutos, Duda Amorim foi atingida no nariz e deixou a quadra. Aline Santos recebeu punição de dois minutos e, sem suas duas jogadoras de maior estatura, passou a sofrer com a pressão cubana.

Em ritmo acelerado, as cubanas usaram sua maior arma, a força física, e as brasileiras usaram o tempo de posse de bola para segurar o jogo.