UOL Esporte - Pan 2007
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17/07/2007 - 08h45

Missão da seleção é controlar nervos por medalhas

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Na competição por equipes, os ginastas brasileiros asseguraram duas pratas no Pan do Rio de Janeiro. Nas provas individuais, porém, eles passaram em branco. Nesta terça-feira, no dia de encerramento da modalidade, eles agora têm de controlar os nervos para tentar voltar ao pódio nas competições por aparelho.

Com a Arena Multiuso provavelmente cheia, os atletas precisam mostrar, além da técnica trabalhada em dias e dias de treinamentos, resistência à pressão por resultados.

Diego Hypólito se diz preparado para encarar o desafio de buscar o primeiro ouro da ginástica masculina do país no Pan. Mas e as garotas? Sem Daiane dos Santos para focalizar o assédio, Jade Barbosa, Laís Souza e Daniele Hypólito ficam com a responsabilidade de subir ao pódio.

Neta segunda, Jade foi a primeira a ser a trapalhada pela ansiedade gerada por um grande público - tinha uma medalha em mãos, mas o deixou escapar por pequenos deslizes.

Para as três finais de aparelhos que ela vai disputar nesta terça - salto, solo e trave -, a regra é se sentir à vontade no tablado. "Vou tentar fazer o que sempre treinei, e fazer certinho. Já foram dois dias de competição para a gente. Espero poder me controlar e competir bem."

Além de Jade, Daniele Hypólito (trave e solo) e Laís Souza (Barras e saltos) vão competir entre as mulheres. Caberá às duas mais experientes tranqüilizar Jade, que desponta como principal rival das norte-americanas na briga por medalha.

"Ela é nova, então fica difícil. Vamos conversar, tentar dar um consolo, mas pode ser que ela não entenda tanto", afirmou Daniele Hypólito. "Falha acontece. Mas temos a competição nesta terça e precisamos evitá-las.

Diego Hypólito (solo e salto), Danilo Nogueira (barra fixa, cavalo e argola), Luiz Augusto dos Anjos (paralelas) e Mosiah Rodrigues (cavalo, solo e barra fixa) competem entre os homens. Do grupo, Diego é o que figura como o grande favorito. Atleta do Flamengo, ele praticamente atua em casa. E não transparece nenhuma preocupação com o fato.

Durante toda a semana de antecedência à estréia no Pan, o ginasta se disse consciente da pressão por um ouro, mas ao mesmo tempo à considerou bem-vinda. Ele é o grande favorito no solo e no salto masculino.

O ginasta, porém, deve ficar alerta. Para favoritos ou pressionados, um dia de competição pode ser bem diferente do outro. Quem avisa é a própria irmã. "A vantagem da ginástica é essa. Pode acabar um dia, daí zera tudo", disse Daniele.