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17/07/2007 - 19h41

Medalha deve fazer pentatleta se dedicar exclusivamente à esgrima

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Medalha de bronze no peito, bandeira brasileira enrolada nos ombros e expressão serena, Clarisse Menezes aos poucos se dá conta do feito histórico que acabou de conquistar: a primeira medalha de uma mulher brasileira na esgrima nos Jogos Pan-Americanos. E o pódio no Rio de Janeiro deve fazer a pentatleta de formação se dedicar integralmente à esgrima.

EFE
A americana Courtney Hurley, medalha de ouro, e a brasileira Clarisse Menezes (d)
PERFIL DE CLARISSE MENEZES
MELHOR MOMENTO DA ESGRIMA?
CLARISSE MENEZES É BRONZE
PÁGINA ESPECIAL DA MODALIDADE
"Ainda não sei te responder (se vai abandonar o pentatlo moderno). Sei que o pentatlo eu não vou fazer por muito mais tempo. É complicado se dedicar a cinco esportes", disse a medalhista pan-americana, que deve tentar na esgrima a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008.

A esgrima é um dos esportes que fazem parte do pentatlo moderno. Os outros são natação, corrida, hipismo e tiro. E foi justamente para se aprofundar na modalidade que Clarisse começou a treinar com a espada.

O início foi difícil. Os primeiros treinos aconteceriam há quatro na garagem do prédio do namorado, o técnico Evandro Vidal. O namoro prossegue, mas o treinamento mudou. Agora Clarisse é comandada pelo russo Oleg Fomin.

Embora o Brasil nunca havia conquistado uma medalha entre as mulheres na esgrima, Clarisse tinha certeza de que iria subir ao pódio.

"Há muito tempo venho sonhando em subir no pódio. Mas nos meus sonhos a bandeira brasileira ficava no lugar mais alto", afirmou.

A disputa da esgrima no Pan do Rio de Janeiro acabou nesta terça para Clarisse, mas ela pode voltar a competir no Jogos. A atleta é reserva da equipe brasileira de pentatlo moderno e assumirá o lugar de uma outra competidora em caso de necessidade.