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16/07/2007 - 16h10

Com reservas, Brasil vence o México no vôlei feminino

Lello Lopes
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção brasileira feminina de vôlei venceu nesta segunda-feira o México por 3 sets a 0, com parciais de 25-16, 25-15 e 25-17, e assegurou a primeira posição do grupo A dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Silvio Ávila/Divulgação
Novata, Regiane jogou todo o terceiro set no ataque, no lugar de Paula Pequeno
PERFIL DAS JOGADORAS DO BRASIL
TABELA DO TORNEIO FEMININO
FOTOS DA VITÓRIA SOBRE O MÉXICO
O time, que já estava classificado para as semifinais, agora vai enfrentar na decisão por uma vaga na final a seleção dos Estados Unidos.

Diante das mexicanas, em um horário no qual as jogadoras normalmente estão descansando, o técnico do Brasil, José Roberto Guimarães, cumpriu o prometido e colocou em quadra um time recheado de reservas.

Em relação à equipe que iniciou as duas primeiras partidas no Pan, contra Peru e República Dominicana, foram três alterações: a central Thaísa no lugar de Walewska, a oposto Sheilla na vaga de Mari e a ponta Érika na posição de Sassá.

No aquecimento das jogadoras em quadra, o sistema de som do Maracanãzinho tocou "Pelados em Santos", hit da banda Mamonas Assassinas que foi cantado com fervor pelo bom público que compareceu ao ginásio. Outros sucessos tocados durante a partida foram "La Bamba", de Ritchie Valens, e "Conga Conga Conga", de Gretchen.

Se o ambiente já era descontraído, ficou ainda mais quando o jogo começou. Diante de um rival de baixíssimo nível técnico, o Brasil foi superior do primeiro ao último ponto.

"Você olha para o outro lado da quadra e pensa que não pode bater muito forte na bola porque pode machucar uma adversária", disse Zé Roberto.

A seleção chegou ao primeiro tempo técnico ganhando por 8-1 após uma seqüência de bolas indefensáveis e erros primários das mexicanas. A facilidade encontrada fez com que o Brasil se dispersasse um pouco e passasse a errar. Dos quatro primeiros pontos do México, três foram marcados em erros das brasileiras.

Assim, sem forçar o ritmo, o Brasil fechou a primeira parcial em 25-16, com uma bola marota de Érika.

No segundo set, Zé Roberto fez mais duas mudanças na equipe. A levantadora Carol Albuquerque entrou no lugar de Fofão, e a ponteira Regiane ganhou a posição de Paula. Desta forma, da equipe considerada titular, apenas a meio-de-rede Fabiana e a líbero Fabi ficaram em quadra.

O Brasil diminuiu o ritmo, mas o México não chegou a ameaçar de fatos. Erros infantis de levantamento, saque e defesa acabaram com qualquer chance da equipe visitante fazer frente à seleção brasileira.

Além disso, o bloqueio do Brasil agiu bem na parcial. Três pontos seguidos no fundamento fizeram a seleção abrir 11-5 sobre as rivais. Sheilla fechou o set em 25-15 com um belo ataque.

No terceiro set, o México voltou melhor e logo ficou na frente (2-1). Errando muito, o Brasil foi ao tempo técnico em desvantagem (8-6). A diferença chegou a quatro pontos (13-9) após um ataque de Herrera. Zé Roberto Guimarães pediu tempo e corrigiu o posicionamento da equipe.

A reação foi instantânea. Com uma boa passagem de Érika no saque e seguidos pontos de bloqueio, o Brasil virou a partida (17-13). Foi a senha para a vitória por 25 a 17, com um ataque de Érika no ponto final.

"O difícil foi manter o foco para tentar não entrar no ritmo do México. E as meninas conseguiram manter a concentração por um bom tempo", falou o treinador brasileiro.

A oposto Sheilla seguiu o mesmo raciocínio. "Sabíamos que o México era um adversário fraco. Então é difícil mesmo manter a concentração", disse a jogadora.