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16/07/2007 - 15h24

Estande de primeiro mundo tem problemas de sol e sombra

Bruno Doro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Recém-inaugurado, o estande de tiro do Centro Nacional Guilherme Paraense, em Deodoro, no Rio de Janeiro, está prejudicando o desempenho de alguns atletas no Pan-Americano do Rio de Janeiro. Um problema no projeto fez com que alguns alvos ficassem na sombra, dificultando a mira dos atiradores.

O defeito fica nas primeiras raias de cada seção. Segundo o brasileiro Wladimir Silveira, que atirou em uma delas, o problema de iluminação é muito prejudicial. "Os alvos ficam na sombra e você tem áreas de sol até lá. A luminosidade não é constante e deixa o ajusta da arma impossível", explicou.

O projeto do estande foi completamente copiado do construído em Sydney, para as Olimpíadas de 2000. "Mas acho que eles fizeram alguma coisa errada, esqueceram de pensar no sol. Porque durante a prova, com o movimento do sol, uma sombra desce do pára-balas e atinge o alvo, mas essa luminosidade vai sempre mudando", diz Silveira.

Mesmo assim, a estrutura foi muito elogiada pelos brasileiros. "É um estande de primeiríssimo mundo. Muito melhor do que o de Milão, por exemplo, onde sempre tem Copa do Mundo, ou na Croácia, onde eu competi recentemente", fala Stênio Yamamoto, oitavo colocado na prova de pistola de ar e já garantido nas Olimpíadas de Pequim.

Até mesmo o norte-americano Jason Turner, campeão pan-americano da pistola de ar 50 metros, elogiou o local. "A estrutura é muito boa, como as melhores do mundo. Nos Estados Unidos, só temos um lugar assim, na Geórgia", explicou.

O centro de tiro está dentro da Vila Militar de Deodoro, no subúrbio carioca. As instalações, que contam ainda com um centro nacional de hóquei na grama, outro de pentatlo moderno e mais um de hipismo, além de instalações temporárias para tiro com arco, custou R$ 198,8 milhões aos cofres públicos, em verba do Ministério do Esporte.