Uniformizada, torcida de Carla Moreno "previu" fraca atuação

No meio do público que se amontoou nas imediações do Posto 6 da Praia de Copacabana para assistir à prova de triatlo feminina dos Jogos Pan-Americanos, um pequeno grupo chamava a atenção com uma enorme faixa: "Carla Moreno, você é o nosso ouro".

À frente dos 13 integrantes da torcida uniformizada da triatleta Carla Moreno, a sogra da atleta, Angélica Palma, gritava do meio da torcida: "Vai, Carlinha!", a cada volta do pelotão. E já parecia prever a ausência da brasileira no pódio.

"Não estamos preocupados com a colocação dela, só viemos torcer e incentivar. Você leu a faixa?", perguntou Angélica à reportagem do UOL Esporte. "Eu que mandei fazer a faixa. Então, é isso que queremos dizer, que ela é o nosso ouro. Tanto faz o lugar que ela chegue", disse, e se disse fã incondicional da nora.

"Sou sogrona mesmo. Tenho quatro filhos, mas ela é a minha filhinha. É uma surpresa, ela não sabe que trouxemos faixa. E nem bolsa", disse Angélica, mostrando a sacola com o rosto da triatleta estampado.

Ao seu lado, a mãe da atleta, o cunhado, o marido, alguns primos - todos usavam uma camiseta com a foto da triatleta. A mãe da atleta, que veio de Santos para acompanhar a prova, dava informações aos mais leigos.

"O forte dela é a corrida, por isso ela está atrás no pelotão", afirmava, com autoridade. "Não falei com ela antes da prova porque ela estava toda concentrada", disse. "Mas ela está calma, ainda bem. Se vida de atleta é difícil, imagine de mãe de atleta. Vim de Santos para vê-la e nem tive qualquer ajuda de dirigente, de organização. É muito difícil, mas, tirando o sol, que está muito forte, não acho ruim de ficar aqui, não, estou torcendo."

A mãe de Carla confirmou os planos da triatleta para o futuro. "Ela quase paga para competir. Agora, deve se dedicar a competições que sejam mais remuneradas."

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