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15/07/2007 - 13h26

Ohata alfineta brasileiras: "Elas vão ter que ralar por Pequim"

Fernanda Brambilla
Enviada especial do UOL
No Rio de Janeiro

Melhor colocada entre as brasileiras do triatlo dos Jogos Pan-Americanos, Mariana Ohata minimizou a fraca sexta colocação na prova com um discurso de consolação, que também soou como provocação às colegas compatriotas.

Flávio Florido/UOL
Mariana Ohata chora ao chegar em 6º lugar. Ela é a única com vaga para Pequim
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"Elas (Carla Moreno e Sandra Soldan) vão ter que ralar. Sou a única brasileira com vaga para Pequim", afirmou Mariana após a prova. Carla foi a nona colocada e Sandra, a 19ª. "Só preciso manter minha posição no ranking mundial e vou treinar muito para isso, quero trazer uma medalha olímpica", disse a triatleta.

Atualmente, Mariana ocupa a 25ª colocação no Circuito Mundial. Se a medalha em Pequim soa uma expecativa alta demais para quem ficou fora do pódio no Pan, a triatleta justifica a animação. "Aqui foram 29 meninas, quando temos 80 em provas internacionais. É muito mais difícil, os pelotões são menores", disse.

Apesar de ter atribuído a dobradinha de pódio norte-americana a trabalho de equipe, Mariana negou que isso seja possível no Brasil. "Chega de falar sobre isso. No Brasil, triatlo é um esporte individual, não é coletivo. A gente não tem, no país, especialistas em cada prova. As três fazem as três provas", afirmou Mariana, já nervosa com a pergunta.

Se Mariana reprova a iniciativa de uma estratégia conjunta de triatlo, Sandra Soldan, 19ª no Pan, discordou. "Atualmente, a Mariana treina sozinha com seu técnico, eu treino sozinha, a Carla treina sozinha. É cada um por si. A gente se encontra só nas competições. Se a gente treinasse junto, convivesse, isso até poderia ser benéfico", argumentou.

Carla Moreno, abatida após a prova, preferiu não falar, e alegou que estava muito cansada.