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15/07/2007 - 09h13

Ginástica masculina brilha 6 meses após dissolução

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

A seleção masculina brasileira, medalha de prata neste sábado no Pan, correu risco de chegar desmembrada ao Rio. Em janeiro, a equipe foi dissolvida pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

A entidade estava descontente com o trabalho realizado pela equipe, sob o comando de Raimundo Blanco, e acabou com as atividades no centro de treinamento de Curitiba. "Eles disseram que não está iriam continuar o trabalho porque não estavam gostando do jeito que as coisas estavam", afirmou o atual técnico do grupo, Leonardo Finco.

A CBG procurou um orientador no exterior, seguindo os moldes da união entre Oleg Ostapenko e a feminina, mas encontrou dificuldades nas negociações e ouviu um "não" depois do outro.

"É muito mais difícil no masculino do que no feminino para trazer um técnico de fora, porque são poucos os profissionais de ponta. Tentamos alguns na Rússia e na Cuba, mas não conseguimos. Por mais dinheiro que você solte, fica difícil", afirmou o ginasta Danilo Nogueira, que também foi prata em Santo Domingo-2003.

No fim, a confederação optou pela desativação - enquanto a seleção feminina continuou intacta com o ucraniano. E cada ginasta voltou ao seu clube.

Diego Hypólito e Victor Rosa passaram a trabalhar exclusivamente no Flamengo com Renato Araújo. Danilo Nogueira voltou para Santos, Adan Santos e Luiz Augusto dos Anjos, para o Pinheiros e Mosiah Rodrigues, para o Grêmio Náutico União, com Finco.

Alguns dos atletas só se encontraram no momento de viajar para as competições. Um desses foi justamente quando Araújo e Finco ingressaram na seleção. "A Vicélia [Florenzano, presidente da CBG] nos convidou para uma etapa da Copa do Mundo. Formou-se um grupo grande para Paris e Cottbus. Depois disso, fomos chamados para realizar esse trabalho."

A seleção, então, voltou a se reunir em Curitiba em junho. E correram atrás da melhor forma. "Os meninos trabalham muito no CT de Curitiba", disse Araújo. "Essa foi a diferença dessa preparação para a de Santo Domingo. Só ficamos um mês e meio juntos. Mas já deu para entrar no clima."