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14/07/2007 - 15h19

Brasil repete prata na disputa masculina de equipes

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

Com ótimo desempenho nas argolas e nos saltos e liderados por Diego Hypólito, a seleção brasileira conquistou a medalha de prata na disputa por equipes da ginástica artística do Pan.

Diante de um público aquém do esperado, com assentos disponíveis em todos os setores da Arena Multiuso, os brasileiros somaram 353,600 pontos e repetiram a segunda colocação de Santo Domingo-2003. O ouro ficou com Porto Rico, com 353,900, enquanto o bronze saiu para os Estados Unidos, com 353,300.

AFP
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A seleção perdeu pontos preciosos na barra fixa e nos solo, logo as duas primeiras em que competiu. E precisou se desdobrar para recuperar posições. "Foram pequenas falhas no início que nos atrapalharam. Mas tiramos a diferença no salto e nas argolas", afirmou Hypólito.

"Após o cavalo, nós fomos subindo e subindo. Nas paralelas nós demos um show", afirmou Renato Araújo, um dos técnicos da equipe. O Brasil ultrapassou os Estados Unidos apenas em seu último exercício, quando Luis Augusto dos Anjos, o mais jovem do grupo, tirou nota de 15.050.

Porto Rico havia sido a surpresa na primeira bateria, pela manhã, superando os Estados Unidos, que, embora não estivessem com seus principais nomes, ainda eram tidos como os favoritos. O país caribenho conseguiu sua primeira medalha por equipes na história do Pan.

"Perdemos apenas por três décimos, o que não é nada, mas cumprimos nosso objetivo", afirmou Araújo.

A disputa

No aparelho mais forte da equipe brasileira e segundo praticado, o solo, Diego Hypólito, ovacionado, conseguiu a nota mais alta entre todos os ginastas, com 15.800 em uma performance segura. Mosiah Rodrigues surpreendeu com 15.100, mas Victor Rosa falhou em sua melhor prova, torceu o tornozelo esquerdo e saiu do tablado na manobra final. Apesar disso, ganhou 14.850.

O desempenho foi suficiente para compensar as falhas iniciais na barra fixa, em que Adan Santos e Luis Augusto dos Anjos caíram. Victor Rosa não sofreu tombo, mas não ousou e recebeu nota baixa de 13.900 -no treino de pódio, ele havia sido o mais fraco neste exercício e decidiu não se arriscar. Cuba, a essa altura, porém, despontava à frente, com as paralelas e os saltos, com vantagem de 2.100.

Após passagem de três aparelhos, com o final do cavalo, Porto Rico já apareceu na liderança, com 181.400 pontos, contra 173.350 dos brasileiros, que não erraram muito, mas receberam notas baixas pelo desempenho pouco inspirador. Venezuela e Cuba estavam em segundo e terceiro - mas já era sabido que os Estados Unidos subiriam e ao menos passariam os venezuelanos.

Nas argolas, os brasileiros tiveram um ótimo desempenho, especialmente com Danilo Nogueira (15.000) e Luis Augusto dos Anjos (14.850). Com isso, eles foram para os saltos na terceira colocação geral, abaixo de Porto Rico e Venezuela e apenas 0,350 à frente de Cuba.

Foi aí que Hypólito entrou em cena novamente e conseguiu média de 16.125 nos saltos. Todos os outros ginastas também ficaram acima dos 15.000 pontos. O que propiciou ao time reduzir a diferença para os porto-riquenhos para 0.850.

Os brasileiros asseguraram a prata apenas na última performance, de Luis Augusto dos Anjos, ultrapassando os Estados Unidos. Ele marcou 15.050, e o time pôde descartar um dos 14.350 que levou com Danilo Nogueira e Adan Santos.