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13/07/2007 - 20h17

Após mistério, Joaquim Cruz acende a pira pan-americana

Bruno Doro e Rodrigo Bertolotto
Enviados especiais do UOL
No Rio de Janeiro*

Joaquim Cruz, campeão olímpico brasileiro do atletismo, foi o escolhido para acender a pira pan-americana. O nome de quem iria receber a homenagem foi guardado a sete chaves pelo Comitê Organizador dos Jogos.

Meio fundista, Cruz foi campeão dos 800 metros dos Jogos de Los Angeles, em 1984. Até hoje, nenhum brasileiro repetiu o feito em provas de pista no atletismo, considerada a principal modalidade dos Jogos Olímpicos. Adhemar Ferreira da Silva é o outro brasileiro campeão olímpico do atletismo, em uma prova de campo, o salto triplo.

EFE
Joaquim Cruz acendeu a pira, que tinha
um formato de sol e girava como a estrela
VAIA E QUEBRA DE PROTOCOLO
O QUE VOCÊ ACHOU DA FESTA?
A chama chegou ao estádio, para seu último revezamento, para homenagear os heróis olímpicos brasileiros. A tocha chegou nas mãos do velejador Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, recorde no país. Ele deu uma volta no gramado e entregou a chama para os jogadores de vôlei da seleção brasileira masculina, primeiros campeões olímpicos do Brasil em esportes coletivos, em Barcelona-1992.

Depois, foi a vez das jogadoras de basquete que, capitaneadas por Paula e Hortência, foram campeãs mundiais em 1994. Em seguida, foi a vez de Sandra Pires, primeira brasileira campeã olímpica, ao lado de Jaqueline Silva, em Atlanta-1996.

Gustavo Borges, recordista em número de medalhas pan-americanas, recebeu, então a chama, para a última volta. Foi ele que entregou a tocha para Joaquim Cruz, que acendou o fogo pan-americano no Maracanã.

A Pira, em formato inédito, é redonda e imita um sol. Fixa, ela gira em sou próprio eixo, emulando o movimento feito pela estrela. Acesa por um atleta, a cerimônia da chama pan-americana mimetiza as três energias distintas do Pan do Rio: o fogo, a água e a natureza.

Pela primeira vez, a chama pan-americana não vai ficar no alto das arquibancadas, mas no nível do gramado. Além disso, foi construída uma cascata, com água corrente nas arquibancadas, logo atrás da pira.

A pira, que custou R$ 35 milhões aos cofres públicos, foi construída com placas metálicas de aço inoxidável retorcidas. Ela tem 6 m de diâmetro, 6 m de altura e pesa 5 t. No total, vai usar, para manter a chama pan-americana acesa durante as duas semanas do Pan, 750 kg de gás, em uma temperatura de 100 a 400ºC.

Revezamento
A chama Pan-Americana foi acesa no dia 4 de julho, na cidade de Teotihuacán, no México, em uma cerimônia que lembrou os rituais astecas. No dia seguinte, o fogo do Pan chegou ao Brasil, na cidade de Santa Cruz da Cabrália, na Bahia, onde o país foi descoberto.

No total, 42 cidades foram visitadas no revezamento da Tocha, entre elas uma aldeia indígena, Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso, e uma comunidade quilombola de Campinho, em Parati, no Rio de Janeiro.

* Atualizada às 21h