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11/07/2007 - 19h47

Após início 'raro', guatemalteca do taekwondo almeja pódio

Das agências internacionais
No Rio de Janeiro

Candidata a medalha nos Jogos Pan-Americanos, a guatemalteca Heidy Juárez começou sua carreira no taekwondo por um motivo peculiar: defender-se de seus primos. Agora, a campeã nacional vive do esporte e espera, no Rio, coroar sua trajetória com um pódio.

"Quando eu tinha sete anos meus primos gostavam de me bater, então decidi lugar caratê para poder me defender, mas perto da minha casa ensinavam taekwondo", conta Heidy, atualmente com 30 anos.

Dona de boa técnica e com postura paciente nas lutas, ela costuma se arriscar pouco nos golpes e fazê-los de forma precisa. No Rio, ela afirma que não se sentirá pressionada e que participará da competição sem se preocupar tanto com as adversárias.

"Meu objetivo é simples: vim para me divertir e ter preocupação apenas com meu rendimento. Não vou pensar nas rivais e não me importo com o sorteio. No dia da luta só vou conferir a tabela para imaginar meu caminho até o pódio", comentou.

Heidy chegou ao Rio com a delegação da Guatemala, composta por 125 atletas. No país, as principais esperanças de medalha são o taekwondo e um jogador de badminton, Kevin Cordón.

No caso de Heidy, para alcançar o pódio, ela precisará torcer por tropeços ou superar adversárias como a mexicana María Espinosa, campeã mundial, a cubana Taimí Estrada, favorita entre os países do Caribe, e a venezuelana Noemar Leal.

Trajetória complicada, mas normal para uma atleta que já passou por outras dificuldades na vida. "O mais difícil nesses 12 anos de carreira foi me separar da família. Vivia em um povoado chamado Villanueva e acordava às 4h para, depois de duas horas, chegar na capital e treinar. Então precisei ir morar sozinha, o que foi muito difícil", contou Heidy, que atualmente não enfrenta mais os golpes dos primos. "Agora só luto por medalhas."