Cassius Duran foi um dos primeiros atletas a entrar na Vila Pan-Americana. Foi também um dos primeiros atletas dos saltos ornamentais a testarem as instalações do Parque Aquático Maria Lenk. Agora, motivado por tudo isso, pode aumentar a dificuldade de seus exercícios no Pan do Rio de Janeiro.
"O meu desempenho evolui com a motivação. Estou numa piscina legal, vivendo o clima da Vila, e isso evoluiu bastante o meu desempenho de uma semana para cá", afirma o saltador, medalha de prata em Santo Domingo-2003.
Animado, Cassius já planeja acrescentar um pouco mais de dificuldade na série de saltos que vai mostrar nos Jogos Pan-Americanos.
"A gente já tem a série pronta. Estou vendo a possibilidade de aumentar a dificuldade de um salto. Eu já faço um salto duplo e meio de frente carpado com um parafuso. Quero o mesmo salto com dois parafusos. Esse salto eu já faço, mas ele não está totalmente afiado", disse o atleta.
No Pan, Cassius vai disputar quatro provas. E ele acredita que na plataforma sincronizada, ao lado de Hugo Parisi, é aquela que tem a maior possibilidade de medalha.
"Estamos confiantes em ganhar pelo menos um bronze. Estamos preparados, sabemos quem vem para cá. A disputa de ouro e prata vai ser entre Cuba e Estados Unidos. Eles são melhores do que nós, mas isso não significa que vão ganhar da gente aqui", alerta.
Para o saltador, o diferencial da modalidade é a parte psicológica. "É um esporte muito mais de cabeça do que de físico. Eu colocaria 70% de cabeça", afirma.