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10/07/2007 - 09h05

Beisebol põe público 'na mira' de arremessadores e rebatedores

Giancarlo Giampietro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro

O torcedor que for acompanhar as partidas de beisebol no Pan na Cidade do Rock deve estar bem atento a cada embate. Pois não terá a proteção de uma tela à frente da arquibancada. A cada rebatida desajeitada, ele pode ser atingido por uma bolada.

As cadeiras para o público estão colocadas bem na quina do campo que fica atrás dos rebatedores. A intenção desses atletas é lançar a bola para a frente. Mas nem sempre é o que acontece. E não há rede com altura suficiente para proteger todo o público.

BEISEBOL: CUIDADO
Giancarlo Giampietro/UOL
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Grade de 2 m não protege toda a extensão arquibancada das rebatidas 'desastradas'
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Crédito
Operários fazem manutenção durante jogo contra cubanos na arena na Cidade do Rock
DERROTA EM AMISTOSO PARA CUBA
No amistoso entre Brasil e Cuba desta segunda-feira, o brasileiro Kleber Ojima arremessou a bola com seu tradicional efeito. O rebatedor cubano apenas a resvalou ao tentar o golpe. Foi o suficiente para desviar sua trajetória e atirá-la de encontro à área para os jornalistas que estava sendo montada na arquibancada. Uma sonora pancada.

"Em todos os campos do mundo tem uma tela nessa região. Agora não sei por que cargas d'água eles não vão colocar aqui. Isso não é possível", afirmou o chefe da delegação brasileira, Ricardo Iguchi.

Há apenas uma grade de 2 m de altura ao pé da arquibancada - uma altura insuficiente para a cobertura. Nesta segunda, operários trabalhavam nas arquibancadas com serrote e martelo. Outros carregavam madeiras e ferros. Todos desatentos e às vezes de costas para o campo.

"Ainda não vi ninguém tomar bolada. Se pega uma dessas, vai machucar bastante", afirmou Jorge Alcides, um desses funcionários. Um arremessador de seleção atira a bola a cerca de 145 km/h.

"Ter essa tela protetora seria o normal. No dia de jogo, o pessoal fica atento. Mas hoje não foi assim. Sorte que não aconteceu nada", afirmou Shuhei Tsuji, técnico da seleção, que também estava assistindo à partida da arquibancada.

O arquiteto responsável pela instalação, Gilberto Cardoso, afirmou que a ausência da tela "é coisa do jogo, normal" e que ela não será instalada.