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08/07/2007 - 11h56

Em ritmo lento, aquáticos inauguram o inacabado Maria Lenk

Bruno Doro e Lello Lopes
Enviados especiais do UOL
No Rio de Janeiro

O Parque Aquático Maria Lenk, um dos principais locais de competição dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, foi inaugurado oficialmente neste domingo, mesmo sem estar totalmente acabado. E tanto dentro da água quanto fora da piscina o ritmo da festa foi lento.

Flávio Florido/UOL
Nadadores fazem demonstração na inauguração do parque aquático
VEJA FOTOS DA INAUGURAÇÃO
Instalado no Complexo do Autódromo, em Jacarepaguá, o parque aquático não teve todo o seu projeto concluído. "Ainda falta a cobertura para esta arena ser de padrão olímpico. Vamos fazer isso no futuro", reconheceu o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia.

O atraso não se resumiu às obras. A própria inauguração aconteceu depois do previsto. No cronograma oficial, uma comitiva de políticos e dirigentes formada pelo prefeito do Rio, César Maia, o ministro do Esporte, Orlando Silva, o presidente da Odepa, Mario Vázquez Raña, e o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, inaugurariam a obra às 9h. Mas a sede só foi aberta oficialmente por volta do meio dia, quando os atletas já se apresentavam para o público formado por convidados dos organizadores.

"Quero deixar todos os aplausos e toda a esperança que estamos recebendo até o último dia. Se começamos bem terminaremos melhor. Hoje damos o primeiro passo rumo aos Jogos. Estou 100% contente, e me sinto mais contente em ver a placa com os nomes dos trabalhadores que construíram o parque. Isso é pensar na gente que ajuda e que colabora desde o mais baixo até o mais alto escalão", disse Raña após receber a chave da cidade.

Na festa estiveram presentes todos os atletas que representarão o Brasil nos saltos ornamentais, nado sincronizado e natação, com exceção de César Cielo, que chega ao Rio apenas na terça-feira.

Os atletas do pólo aquático, que competirão no Julio Delamare, no Complexo do Maracanã, não foram chamados. Mas os integrantes da equipe de maratona aquática, que disputarão medalhas na praia de Copacabana, participaram do evento.

Os nadadores fizeram apenas uma demonstração do que vão apresentar no Rio, com disputas de provas de 50 m livre em ritmo extremamente lento. O mais rápido do dia foi Nicholas Santos, que completou o percurso em 26s30. O recorde pan-americano da prova pertence a Fernando Scherer, com 22s22.

Entre as mulheres, Flávia Delaroli ganhou a disputa, com 31s44. Kara Joyce é a recordista do Pan, com 25s24. "A gente estava treinando mais forte ontem, e hoje não sabíamos direito o que iria rolar. Então foi deixado mais à vontade, todo mundo foi em um ritmo lento. Deu vontade de acelarar mais, você fica vizualizando a prova. Quando dei a saída vi que estava mais forte, então dei uma segurada", conta Delaroli.

Apesar de ser um evento-exibição, a festa teve algumas gafes. Na primeira bateria feminina dos 50 m livre o cronômetro não funcionou. Na bateria seguinte, o nome da atleta Larissa Cielak foi grafado incorretamente como "Lairra".

Se a apresentação de natação foi um pouco frustrante para o público, as exibições de saltos ornamentais e nado sincronizado causaram frisson e foram ovacionadas.

Outro momento bastante aplaudido foi uma homenagem ao Cristo Redentor, escolhido neste sábado como uma das novas Sete Maravilhas do Mundo.