UOL Esporte - Pan 2007
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06/07/2007 - 17h21

Em Brasília, César Castro se refugia de badalação e polêmicas

Claudia Andrade
Em São Paulo

Primeira equipe de esporte aquático na Vila Pan-Americana, a seleção de saltos ornamentais não demorou para entrar em polêmica e mostrar divergências. Longe da confusão, o brasiliense César Castro segue treinando para os Jogos na capital federal. Ele é o único que ainda não está treinando com o time no Rio de Janeiro.

Divulgação
Castro foi à final no Mundial de Melbourne e classificou o Brasil para as Olimpíadas
JULIANA RECLAMA E COMITÊ MUDA
"Preferimos ficar aqui, que é mais tranqüilo, longe da badalação", diz o técnico do atleta, Ricardo Moreira. "Chegar uma semana ou no máximo dez dias já está bom. Além disso, aqui o César está perto da família, da namorada, é melhor", completa.

Segundo o treinador, os saltadores só precisam se localizar no local de competição. "O atleta vê tudo o que está em volta durante o salto. Então, precisa marcar alguns pontos de referência, ir se acostumando ao trampolim", explica.

No próximo domingo será inaugurado o parque aquático Maria Lenk, sede das modalidades aquáticas no Pan. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos prevê a participação de todos os atletas na inauguração, "com exceção de César Cielo Filho (nadador), que chega ao Rio somente na terça-feira".

Porém, a viagem ao Rio não está na programação de Castro, segundo o técnico do saltador. "A gente não vai não. Vamos para o Rio apenas no dia 11, à tarde, então ele só vai treinar no dia 12."

Finalista olímpico em Atenas-2004, César Castro é uma das esperanças de medalha para o Brasil no Pan. Ele vai competir no trampolim de 3 metros individual e sincronizado, ao lado de Cassius Duran.

Atualmente, Castro ocupa a quinta colocação no ranking internacional da prova individual, atrás do canadense Alexandre Despatie e do norte-americano Troy Dumais, líder do ranking, favoritos ao ouro no Rio.

Críticas
Assim como César Castro, a saltadora Juliana Veloso também é esperança de medalha para o Brasil, ainda mais depois da prata e do bronze conquistados em Santo Domingo-2003, as primeiras medalhas do país na modalidade, em Pans.

Já treinando no local da competição, a atleta reclamou do carpete da plataforma, que, em sua opinião, prejudicaria os saltos. O comitê organizador do Pan deve fazer alterações no equipamento.