UOL Esporte - Pan 2007
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06/07/2007 - 16h04

Nado sincronizado aposta em identidade carioca para empolgar

Claudia Andrade
Em São Paulo

O calçadão da praia de Copacabana, o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, a torcida no Maracanã. Estas representações fazem parte da rotina livre da equipe brasileira de nado sincronizado no Pan. Para completar, a trilha sonora terá trechos do "Samba do Avião", de Tom Jobim, "País Tropical", de Jorge Ben Jor, e "Cidade Maravilhosa", de André Filho, entre outras.

Divulgação
Calçadão de Ipanema é um dos símbolos cariocas na coreografia do time brasileiro
BRASIL ESQUECE MEXICANAS
"Esta apresentação será o nosso carro-chefe", diz a supervisora técnica e chefe de equipe Mônica Rosas. "Tem tudo a ver. O maiô das meninas vai formar o desenho do calçadão na frente e atrás, quando elas se juntarem, terá o sol", descreve.

No próximo domingo, às 11 horas, a equipe fará uma apresentação na íntegra da coreografia, fechada para o público, na inauguração do parque aquático Maria Lenk, sede da modalidade nos Jogos do Rio.

"Fizemos essa apresentação em Roma, em junho, e o público entendeu quando fizemos o Cristo Redentor. Foi um teste. Aqui também todos vão entender", diz a técnica Roberta Perillier. Na competição preparatória para o Pan, o Brasil terminou em quinto lugar, à frente das adversárias mexicanas.

No Mundial de Melbourne, quando o tema nacional também foi apresentado, o Brasil terminou em décimo lugar, à frente da França, atingindo o objetivo principal. Contudo, ficou atrás de Estados Unidos (quinto lugar) e Canadá (sexto). Desde então, a apresentação foi aprimorada. "A gente mexeu na parte artística, agora o grau de dificuldade é maior", diz a treinadora.

Os ritmos brasileiros estarão em três das quatro coreografias preparadas para os Jogos. Na rotina técnica, a equipe vai se apresentar ao som de batidas de funk e "Aquarela do Brasil" de Ary Barroso. "Queremos transmitir energia e conseguir uma vibração legal com o público", avisa Caroline Hildebrandt, que participa da equipe e do dueto.

Apenas um programa curto do dueto terá uma música cigana. A outra será cadenciada pelo frevo. Carol e sua parceira Lara Teixeira fizeram até aula com o coreógrafo Carlinhos de Jesus para acertarem os detalhes.

"O frevo foi uma idéia de complementação da coreografia e precisamos adaptar isso para a água. Com as aulas, nós agora vamos ter uma noção melhor dos movimentos, inclusive para aqueles dez segundos de dança fora da piscina", diz Lara, que causou o adiamento da aula, por ter torcido no tornozelo. "Já estou 100%", afirma a atleta, que teve aula na quarta-feira.

"No Mundial (de Melbourne), quando vários duetos estavam com músicas fúnebres, o frevo do Brasil levantou a torcida", lembra Mônica Rosas. "Imagine no Rio de Janeiro e ainda mais com a apresentação da equipe, que permite mais efeitos", conclui.