UOL Esporte - Pan 2007
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06/07/2007 - 16h01

Brasil deixa México para trás no nado e mira no Canadá

Claudia Andrade
Em São Paulo

Depois de conquistar a medalha de bronze no Pan-Americano de Santo Domingo-2003, a equipe brasileira de nado sincronizado mudou o seu foco para os Jogos do Rio. O México, que sempre deixava as brasileiras para trás na disputa por um lugar no pódio, agora já não assusta tanto. O Canadá é o alvo na briga por uma melhora de resultado, a medalha de prata.

O calçadão da praia de Copacabana, o Cristo Redentor, os Arcos da Lapa, a torcida no Maracanã. Estas representações fazem parte da rotina livre da equipe brasileira de nado sincronizado no Pan.

Para completar, a trilha sonora terá trechos do "Samba do Avião", de Tom Jobim, "País Tropical", de Jorge Ben Jor, e "Cidade Maravilhosa", de André Filho, entre outras.

"Esta apresentação será o nosso carro-chefe", diz a supervisora técnica e chefe de equipe Mônica Rosas. "Tem tudo a ver. "
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"Eu me sinto um pouco mais confortável em relação ao México. Sei que ainda temos um caminho para chegar ao Canadá, mas estamos mais perto", resume a supervisora técnica e chefe de equipe Mônica Rosas. "Do Mundial para Roma, as mexicanas tinham melhorado muito, mas nós também melhoramos", completa.

No Mundial de Melbourne, em março, o time nacional avançou à final com um 11º lugar e 88,834 pontos, enquanto as mexicanas ficaram fora da decisão, em 14º, com 87,000. Na final, as brasileiras atingiram 90,333 pontos e terminaram na décima posição. No Aberto da Itália, em junho, o Brasil ficou em quinto, com 90,400 pontos, logo à frente do México, com 88,000.

"A gente ganhou das mexicanas por uma diferença muito grande no Mundial. Agora vamos buscar o Canadá no Pan", avisa a paulista Nayara Figueira.

"Queremos chegar perto do Canadá", confirma a técnica Roberta Perillier. "Nossa missão é elevar o nível das notas e já estamos conseguindo isso, já entramos na casa dos nove", comemora.

Na perseguição das adversárias canadenses, as brasileiras apostam no fator casa e no entrosamento. "A gente se conhece muito bem, sabe a característica de cada uma. Esta não é a melhor equipe tecnicamente, mas é uma equipe que quer muito, que está se dedicando inteiramente. Praticamente todas as atletas trancaram a matrícula na faculdade para treinar para o Pan. A última equipe era muito boa, mas agora o entrosamento é maior", acredita Caroline Hildebrandt, que também faz parte do dueto.

A treinadora espera que a torcida faça diferença a favor do Brasil. "O público não tem como influenciar na nota, mas vai influenciar no emocional das atletas, que vão ficar mais empolgadas, com mais energia. E com isso, o juiz pode ficar mais condescendente na parte artística, ver mais força na apresentação da equipe", torce.