Idealizado pela Confederação Brasileira do esporte, o kit de divulgação da equipe de softbol será lançado nesta quarta-feira em meio à polêmica do ensaio sensual que sete das 17 convocadas aceitaram fazer.
Nas fotos, as meninas aparecem apenas de camiseta da seleção, com bolas, luvas e tacos da modalidade. As fotos ousadas são um atrativo para chamar a atenção para um esporte pouco, até nada, repercutido no Brasil.
"O que eu espero com o álbum é a divulgação do softbol. Não é para divulgar o corpo, nem nada disso. Cada menina tem uma história bem legal. A gente quer mostrar esta parte. Ou seja, todo sofrimento para poder estar no Pan", conta Márcia Akiko, de 28 anos, que é capitã da time e a mais velha também.
Apesar de aceitar, Marcinha, como é conhecida, é casada e não teve problemas com o marido. Mas os pais tiveram opinião antagônica. "Meu pai e minha mãe não acharam muito legal. Mas não estamos querendo apelar, nem querendo vulgarizar", explica.
Além das fotos, outras informações comporão o catálogo, com o perfil dos atletas. Algumas das jogadoras nem chegaram a ser convidadas para o ensaio sensual. "Eu só fui saber das fotos depois. Mas acho que o apoio vai para ser o esporte. Pode chamar a atenção da imprensa e de algum patrocínio", diz Cinthia Ayumi Kudo, de 25 anos.
Já Vivian Morimoto, que veio de Maringá, no Paraná, para atuar pela seleção é uma das sete modelos e disse que não aprovou apenas a repercussão da imprensa. "Na minha casa, não houve qualquer problema. Só não gostaram da matéria (da Folha de S. Paulo). Não foi um ensaio sexy. Mas é assim, o pessoal só quer ver a foto. Se eles verem, tudo bem também. Depois, nunca mais vão lembrar dos nossos rostos", afirma.