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28/06/2007 - 09h16

Sem medalha, boliche do Brasil analisa favoritos no Pan

Felipe Mendes
Em São Paulo

O principal nome do boliche no Brasil, Fábio Rezende, tem uma meta para os Jogos Pan-Americanos 2007: ser o primeiro jogador brasileiro a conquistar uma medalha na modalidade. Na liderança do ranking de medalhas, estão os Estados Unidos (com 25 medalhas), o México (com 14 medalhas) e o Canadá (com 11 medalhas). Em um segundo patamar, Fábio afirma que estão o Brasil, a Venezuela e a Colômbia.

Mas com a meta definida ele garante que há uma real chance de sair vitorioso e que não há favorito para a competição continental: "É uma competição muito rápida. É como se colocassem os 100 melhores corredores do mundo para correr uma prova juntos. Tudo pode acontecer", conta. Como exemplo para consolidar sua tese ele lembra a medalha das Antilhas Holandesas, conquistada em 1995, no Pan de Mar del Plata e afirma: "Não tem bobão jogando boliche".

Mas mesmo sem nenhum "bobão", alguns nomes podem atrapalhar o caminho de Fábio até o inédito pódio. E para chegar até a medalha, além dos treinos, conhecer quem serão os adversários é essencial. Fábio mostra que já fez esta parte da lição de casa, analisando cada um deles. Leia abaixo os comentários dele sobre os favoritos no Rio:

Rhino Page (EUA)
Divulgação
 
"Conquistou a medalha de prata no último Campeonato Mundial realizado na Coréia do Sul. É o atual campeão Interamericano. Atleta canhoto com incrível capacidade de manter a bola no pocket (pinos 1 e 2, local ideal para um atleta canhoto obter um strike). Demonstrou no Interamericano da Guatemala, realizado entre os meses de maio e junho de 2007, um forte poder de intimidação ao comemorar exaltadamente uma sequência de strikes e direcionar sua comemoração para a equipe canadense que ficou o resto do dia abalada. Os brasileiros o chamam de `Mala Page´".

Cassidy Schaub (EUA)
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"É um atleta que apesar de ser canhoto, joga com as duas mãos. Isso faz com que ele consiga um melhor impacto nos pinos. Competir com dois atletas canhotos no Pan pode ser uma estratégia da confederação dos Estados Unidos, porque o óleo se move menos e fica mais fácil para os atletas deles atuarem."

Daniel Falconi (MEX)
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"É o atual campeão Pan-Americano e conquistou a medalha de ouro na final individual do Interamericano da Costa Rica, em 2005. Atleta destro que possui um jogo clássico, suave e agressivo. Assisti-lo jogar boliche faz parecer que tudo é muito fácil. Certamente é o atleta das Américas mais respeitado pelo Estados Unidos, pois joga um boliche fino. Tive o prazer de hospedá-lo em minha residência durante um mês neste mesmo ano, conviver com este grande atleta e afirmo que ele me ajudou muito na minha evolução no esporte."

Alejandro Cruz (MEX)
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"Conquistou a prata na final individual do Interamericano da Argentina, em 2001. Atleta destro com um currículo imenso. Não jogou muito bem no Interamericano da Guatemala, em 2007 e mesmo assim saiu de lá com duas medalhas. Está substituindo Marcos Baeza, que conquistou a medalha de prata no Pan de 2003. Se o Alejandro está vindo no lugar do `Sr. Marreta´ é porque está jogando muito."

Darren Klassen (CAN)
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"É um atleta muito jovem e foi muito criticado por um dos melhores atletas canadenses, o Jean-Sebastien Lessard. Mesmo assim, se está vestindo a camisa do Canadá, é porque joga bem."




Jason Kovack (CAN)
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"Na competição de quintetos do Interamericano, em que são inscritos seis atletas, ele foi o escolhido para ficar de fora. Isso pode significar alguma coisa. Mas o boliche é uma competição que depende do dia. Ele pode se dar bem no Pan."



Arturo Hernández (VEN)
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"Ficou em primeiro lugar de todo o evento individual dos Jogos da Alba, realizado na Venezuela, em 2007. É, sem dúvida, o melhor jogador da América do Sul. Atleta destro que possui um jogo físico extremamente simples, porém um jogo mental fora de série. É conhecido pelos brasileiros como `Canguro Mayor´, ou seja, um rato grande. É um atleta que gosta da pressão, sabe conviver com ela e atua no mais alto nível quando ela está presente. Inúmeras vezes presenciei o `Canguro Mayor´ sair do `lixo´ e buscar o ouro em situações impossíveis."

Reydnier Chávez (VEN)
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"É a revelação venezuelana. Possui um jogo físico lindo e uma bola poderosíssima. Nos últimos dois meses vem crescendo torneio a torneio e não podemos esquecer que é venezuelano."




Andrés Gómez (COL)
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"É o recordista da melhor partida de duplas: No Mundial de 1999, nos Emirados Árabes Unidos conseguiu uma partida perfeita, com 300 pontos e seu parceiro Jaime Monroy fez 299. Atleta destro, técnico e experiente que sabe jogar em qualquer condição de óleo. Possui uma bola muito poderosa. Recém saído do Tour Profissional Americano, pode se dar bem no Pan."

David Romero (COL)
"Foi o campeão Pan-Americano em 1999. Atleta destro que possui um jogo físico ridiculamente simples. Provavelmente seja o melhor atleta do mundo no óleo curto. Ele se autodenomina `Tigre´. É muito técnico e possui um preparo psicológico muito forte."