Com um 15º lugar na última seletiva para o Pan, Carla Moreno, a única medalhista brasileira em Jogos Pan-Americanos no triatlo, conquistou sua vaga para o Rio 2007 neste domingo, em Cancún, no México.
LÍDER PRÉ-CLASSIFICADA |
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Lìder isolada no ranking feminino de triatlo, Mariana Ohata confirmou sua vaga para o Pan ainda em setembro, após a etapa de Pequim da Copa do Mundo de triatlo.
Para isso, não precisou competir: como nem Carla, Sandra ou Ana pontuaram, assumiu definitivamente a ponta e a primeira vaga brasileira.
Entre as façanhas de Mariana estão o vice-campeonato da etapa de Tiszaujvaros, na Hungria, o 11º lugar em Mazatlan, no México e a 31ª posição no Mundial de Lausanne, na Suíça, além do título brasileiro. |
Ao final da última competição, a equipe ficou definida sem surpresas. É a mesma que representa o Brasil desde 1999, no Pan de Winnipeg, no Canadá: a brasiliense Mariana Ohata, a carioca Sandra Soldan e a paulista Carla Moreno, que disputarão seu terceiro Pan.
Das três, Carla Moreno é a única que já trouxe medalhas para o Brasil nos Jogos: foi prata em Winnipeg e por pouco não subiu ao pódio em Santo Domingo-2003, quando terminou em quarto lugar.
Carla, que estava em terceiro no ranking brasileiro até a prova no México, estava a poucos pontos da quarta colocada, Ana Cristina Bocanera, com quem disputava a última das três vagas do Brasil. A sua frente estavam Sandra Soldan e Mariana Ohata, líder inalcançável pela diferença de pontos.
Com o 15º lugar, a melhor colocação brasileira na prova, com 2h03min52, Carla somou 575,9 pontos e superou Sandra Soldan, que não terminou, e permaneceu com sua antiga pontuação, 441.
"Não posso falar pelas outras, mas fui para a prova no tudo ou nada. Meu objetivo é o Pan", afirmou Carla, que se disse motivada para a prova do Rio de Janeiro.
ESTREANTES NO MASCULINO |
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O time masculino do Brasil no Pan terá dois estreantes: o cearense Antonio Marcos da Silva (foto) e o paranaense Juraci Moreira, além do medalhista Virgílio de Castilho. |
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"Já conheço o percurso do Pan, que é maravilhoso, é show de bola. É muito melhor correr em casa, as pessoas te empurram, a torcida faz muita diferença", comentou. "É uma prova atípica, que exige muita resistência, mas é também muito rápida. A prova de natação é muito forte", comentou Carla, que espera tirar proveito na corrida, sua especialidade.
Para a paulista, porém, conhecer a prova não pode ser considerada uma vantagem. "Quem corre o circuito mundial está preparado para os obstáculos da prova do Rio, que são sol forte e muita umidade. Além disso, se fosse uma vantagem, não seria só minha, mas das três brasileiras", amenizou.
A cinco posições de Carla, Mariana Ohata marcou 2h04min37 em Cancún e, já classificada por antecipação, passou a ter 1.244 pontos no ranking da Confederação Brasileira de triatlo (CBTri).
A carioca Ana Boccanera completou a prova no 58º lugar, com 2h11min47, e se manteve no quarto lugar, com 393,8 pontos, já que somente as 50 primeiras colocadas pontuam, e não vai ao Pan.
A etapa teve dobradinha alemã na chegada, com Anja Dittmer em primeiro lugar, com 2h01min52, e Joelle Franzmann em segundo (2h02min03). A britânica Andréa Whitcombe completou o pódio (2h02min17), em terceiro.
Em Cancún, os triatletas percorreram a distância olímpica: 1,5km de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida.