Ádria dos Santos se machuca e se compara a Daiane

Uma contratura muscular na coxa esquerda poderá fazer com que Ádria Santos deixe de disputar os 100 metros nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro e priorize as provas que estão mais perto do fim da competição que começa na semana que vem. Ela é atual campeã paraolímpica da categoria.

A velocista mineira sentiu a lesão nesta quinta-feira, enquanto fazia o primeiro treino de reconhecimento da pista de atletismo do Estádio João Havelange, o Engenhão.

Triste por ter perdido a chance de disputar a prova na qual é especialista no último Parapan de sua carreira, Ádria comparou sua situação com a de outra experiente atleta, a ginasta Daiane que machucou os tornozelos também em treinos realizados às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, em julho.

"Isso é uma das coisas mais duras que podem acontecer a um atleta, mas infelizmente acontecem. Estou muito decepcionada. Treinei tanto para este momento e, justo agora, senti essa contratura", lamentou Ádria, campeã também dos 100 m nos Parapans passados na Cidade do México, em 1999, e em Mar del Plata em 2003.

Ádria já havia sentido dores no mesmo local há três semanas, mas estava aparentemente recuperada. Mesmo fora dos 100 metros, a atleta ainda conserva grandes chances de garantir medalhas para o Brasil, já que deve correr os 200 e 400 metros.

"Se as dores diminuírem posso até correr os 800 metros, já que tenho índice", concluiu a atleta que tenta não se abalar: "Tenho conversado muito com o psicólogo da delegação brasileira. Sei que posso me superar e é isso que estou buscando agora".

Ádria Santos, natural da cidade de Nanuque, em Minas Gerais, e radicada em Joinvile, Santa Catarina, chegou ao Rio de Janeiro na última quinta ao lado do guia e marido Rafael Krub. O casal aprovou as instalações. "Está muito parecido com Atenas, só que menor, é claro. Não sei se atletas com outras deficiências estão tendo problemas, mas para mim tudo está perfeito", disse Ádria.

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