Guiana aposta em mulheres velozes para o ouro
Com uma curta história de vida (tornou-se independente apenas em 1966), Guiana conquistou apenas duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Porém, no Rio-2007, a delegação aposta em duas velocistas para quebrar um jejum de 32 anos sem subir no lugar mais alto do pódio: Aliann Pompay e Marian Burnett. As duas conquistaram as únicas medalhas do país nos em Santo Domingo-2003 (uma prata e um bronze), e querem voltar ao pódio nesta edição do Pan.
A Guiana ocupa um papel modesto no contexto pan-americano. Em 11 edições disputadas, o país conquistou medalhas em nove. No quadro geral, ocupa o 23º lugar, com 16 medalhas: duas de ouro, quatro de prata e dez de bronze. Em Jogos Olímpicos, o desempenho é ainda mais discreto: apenas um bronze conquistado pelo boxeador Michael Anthony em Moscou-1980, aproveitando o boicote de dezenas de países aliados dos EUA.
A escassez de conquistas faz com que o feito dos medalhistas de ouro em Pan-Americano seja extremamente valorizado. Este é caso de Martin Diaz, que no Pan de 1963, em São Paulo, faturou o ouro no levantamento de peso. Foi a única medalha dourada de um atleta que não era dos Estados Unidos na modalidade naquele Pan paulistano.
O velocista James Gilkes também ganhou aura de herói no país ao conquistar o ouro nos 200 metros rasos disputados no Pan da Cidade do México-1975. Ele superou seu adversário dos Estados Unidos (segundo) e das Bermudas (terceiro) para subir no lugar mais alto do pódio.
Guiana é uma ex-colônia britânica, que se tornou independente há apenas 41 anos. Em 1992, ocorreu a primeira eleição considerada livre e independente no país, na qual Cheddi Jagan foi eleito presidente. O atual presidente, Bharrat Jagdeo, está no poder desde 1999.
O país é conhecido por abrigar a maior queda d’água do mundo. A Kaieteur Falls fica situada no rio Potaro, a sudoeste da Guiana, e tem uma precipitação cinco vezes maior que o Niágara, no Canadá. Guiana também abriga locais místicos. O Monte Roraima fica na fronteira do país com o extremo norte do Brasil e o sul da Venezuela. O monte, que tem 2.772 metros, é um mundo a parte, com estranhas formações rochosas e plantas raras.
Apesar de ser um país situado na América do Sul, a Guiana é filiada a Concacaf (entidade que controla o futebol na América do Norte e Central) e disputa as eliminatórias por esta confederação. Na qualificação para a Copa do Mundo da Alemanha o país não passou da primeira das três fases, ficando na última colocação do grupo que tinha ainda EUA e Granada.
Ouro
Prata
Bronze
