UOL Esporte - Pan 2007
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EFE

Nome completo:
Jaqueline Maria Pereira de Carvalho

Data e local de nascimento:
31/12/1983, em Recife (PE)

Peso/Altura:
70 kg / 1,86 m

Residência:
Jesi (ITA)

Posição:
Ponta

Clube:
Monte Schiavo Jesi

Participações no Pan:
Estreante

Jaqueline

Uma das musas da seleção brasileira, Jaqueline foi cortada dos Jogos Pan-Americanos na véspera da cerimônia de abertura da competição. No mesmo dia em que o time viajou para o Rio de Janeiro (12 de julho), o Comitê Olímpico da Itália divulgou o resultado positivo em um exame antidoping da atleta, feito no dia dez de junho, durante as finais do campeonato daquele país.

A brasileira fez sua primeira temporada na Europa defendendo o Jesi, que disputou o título do Campeonato Italiano, mas acabou perdendo para o Perugia por 3 a 0, na série melhor-de-cinco jogos. Ela foi submetida ao controle na segunda partida da série, e o teste apontou a presença do estimulante sibutramina, normalmente encontrado em produtos que auxiliam o emagrecimento.

A Confederação Brasileira de Vôlei não chegou a ser notificada oficialmente sobre o caso, mas, como medida preventiva, decidiu excluir a jogadora do Pan.

Única nordestina no elenco, Jaqueline começou a carreira na EPOM, escola da rede estadual de Pernambuco. O bom desempenho fez com que logo fosse chamada para integrar a seleção pernambucana infanto-juvenil.

Em pouco tempo já estava na seleção brasileira de base, com a qual disputou os campeonato Sul-Americano e Mundial da modalidade. A presença na equipe do Brasil a fez receber um convite para jogar no Osasco.

Em 2001 foi convocada para defender o Brasil no Mundial juvenil. E ela conquistou o campeonato e o título de melhor jogadora do mundo na categoria.

Em evolução, ganhou a primeira chance na seleção adulta, na época comanda por Marco Aurélio Motta. Mas em 2002 uma obstrução nas veias da mão direita a tiraram da quadra por três meses. O retorno aos jogos não saiu como esperado. Apenas duas semanas após voltar a atuar, Jaqueline rompeu os ligamentos do joelho e ficou mais seis meses no estaleiro.

O drama prosseguiu no ano seguinte. Ainda antes de voltar às quadras, nos treinamentos, a atleta sofreu uma nova ruptura nos ligamentos. O resultado: mais um ano sem poder jogar.

O retorno aconteceu no começo de 2004, na Superliga. Mas o tempo passado no departamento médico deixou Jaqueline longe da equipe que defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia.

Recuperada, a atleta trocou o Osasco pelo Rexona, para poder trabalhar com a levantadora Fernanda Venturini e o técnico Bernardinho. Pela nova equipe foi campeã da Superliga 2005/2006 e teve uma nova chance na seleção.

Após o título ela recebeu o convite para substituir a russa Sokolova no Jesi, da Itália. Assim, deixou o Brasil para tentar a sorte na Europa. E de quebra ficou ainda mais perto de seu noivo, o ponta Murilo, da seleção brasileira, que também joga o Campeonato Italiano.

Sokolova entrou na vida de Jaqueline também em um outro momento. A russa foi a principal responsável pela vitória sobre o Brasil na final do Campeonato Mundial, realizado no Japão. Jaqueline foi uma das principais jogadoras da seleção brasileira no torneio, mas não conseguiu ganhar o título.

Nos Jogos Pan-Americanos, Jaqueline faria sua estréia e, por isso, a expectativa era grande. "Acho que para mim o Pan vai ser uma experiência maravilhosa", dizia, até ser cortada.