Data e local de nascimento:
17/09/1987, em Aracaju (SE)
Peso/Altura:
77 kg / 1,73 m
Residência:
São Bernardo do Campo (SP)
Categorias:
C-1 500 e 1000 m
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Desempenho no Pan:
Medalha de bronze no C-1 500 m 5º lugar no C-1 1000 m
Nivalter Santos
Nivalter Santos ganhou a medalha de bronze na categoria C-1 500 m da canoagem. Com o tempo de 1min58s488, ele ficou atrás apenas do Mexicano José Quirino e do cubano Aldo Pruna, que ganharam ouro e prata respectivamente. No C-1 1000 m, ele terminou apenas na quarta posição na regata final.
Para dar suas primeiras remadas Nivalter Santos precisava de R$ 20. Mas só tinha a metade do valor. Um amigo fez uma vaquinha e bancou a outra parte. Foi assim que ele conseguiu passar o mês inteiro remando. E depois teve que parar.
Em um domingo, enquanto o sergipano passeava em uma feira de rolos em São Vicente, no litoral de São Paulo, onde foi morar, Nivalter encontrou uma pessoa que acabou fazendo sua cabeça e seu bolso para voltar a remar. Pedro Sena, técnico da seleção brasileira de canoa, era o coordenador do projeto social onde ele havia dado suas primeiras remadas. Bancou seus treinos só para vê-lo voltar para água.
Hoje Nivalter considera Sena como um pai. Quando foi morar em São Vicente, sua mãe trabalhava duro para pagar o aluguel de R$ 300 na favela México 70, onde a família vivia. Antes da mudança, a vida em Aracaju também era complicada. “Nossa condição financeira era muito ruim. Só tinha a minha mãe, meu pai não ajudava”, comenta o canoísta.
Em três anos ele foi parar na seleção brasileira. É o mais novo do grupo. E vem acumulando medalhas nacionais e internacionais. Entre seus títulos, oito ouros e duas pratas no Campeonato Brasileiro, um ouro, duas pratas e um bronze desde 2006 no Sul-Americano de canoagem e o inédito nono lugar do Mundial da modalidade obtido no México.
Entre o sonho do Pan e o de crescer na vida, uma faculdade. Ele cursa educação física. O medo de precisar largar a canoagem por dificuldades financeiras faz com que o atleta não queira abandonar os estudos. Mas sua força de vontade faz com que mude de idéia rapidamente. “Se bem que não largo a canoagem não. Nada é impossível”, comenta o atleta.