UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Fábio Bastos Rezende

Data e local de nascimento:
03/06/1977, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
63 kg / 1,75 m

Residência:
São Paulo (SP)

Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata e 20º lugar

Fábio Rezende

Logo na sua primeira prova nos Jogos Pan-Americanos 2007, Fábio conseguiu um feito no boliche: a primeira medalha brasileira no Pan. A prata foi conquistada em uma prova cujo desempenho incial do Brasil não foi bom. Os brasileiros começaram em 13º lugar, mas conseguiram subir até a 2ª colocação, perdendo só para os Estados Unidos. Na disputa individual, o paulista não conseguiu repetir o feito e acabou eliminado em 20º lugar.

Na seleção brasileira desde os 11 anos de idade, o paulista Fábio Rezende encabeçou a seleção de boliche que defendeu o Brasil no Rio. Aos 30 anos, Fábio pode ser considerado o modelo de atleta brasileiro de boliche. Líder do ranking brasileiro, ele obedeceu a uma rígida rotina de treinos seis vezes por semana, além de complementar o preparo com academia, exercícios de visualização e meditação.

Apesar do âmbito amador do esporte no país, Fábio incrementa a renda do bolsa-atleta com aulas de boliche e tem uma loja em um shopping de São Paulo. Nos apertos, apela aos pais. Tudo para não abrir mão de viver do esporte que o acompanhou desde o início.

"Na barriga da minha mãe eu já freqüentava as pistas", conta Fábio. Aos três anos, ele já "rolava suas primeiras bolinhas." A prática teve início aos 11 anos, quando viu seu irmão, Fernando, conquistar a medalha de ouro no Mundial sub-23 da modalidade com a seleção brasileira nas Filipinas. "As pessoas me incentivavam muito, porque eu era o caçula e já jogava melhor do que o Fernando", lembra Fábio. Motivado, passou a se dedicar ao boliche.

Aos 18 anos, Fábio superou no boliche a perda de Fernando, que morreu em um acidente de carro. A tragédia só o fez se concentrar mais no esporte e, aos 29 anos, Fábio está confiante de superar o resultado do Pan de Santo Domingo-2003, quando conquistou um inédito nono lugar na disputa individual. "Evoluímos muito nesses anos. O objetivo agora é o ouro, e não acho que uma medalha esteja longe", disse o atleta antes de competir.

O otimismo Fábio justifica com uma comparação: na última edição do Torneio das Américas, disputado nos Estados Unidos, o número dois do Brasil, Rodrigo Hermes, trouxe a medalha de prata. Fábio não pôde ir por falta de verbas. "Imagine se eu estivesse lá", lamenta.

Quinze vezes campeão brasileiro, Fábio treina sozinho pelo simples fato de não haver um técnico no país à altura do jogador. Com a proximidade do Pan, o preparo chegou a quatro horas diárias. "Boliche é como xadrez, conta muito o poder de concentração, mas uma boa condição física também faz diferença, já que o jogo desgasta muito o braço e o joelho", conta o atleta.