Cláudio Kano, do tênis de mesa, superou o nadador Djan Madruga, ultrapassando em uma medalha a marca de 11 premiações do nadador em Jogos Pan-Americanos. Após as sete de ouro, três de prata e duas de bronze, Kano afirmou que não disputaria mais um Pan. "Chega. Nunca se deve dizer que é ponto final, mas não quero mais. Além disso, não sei como estarei dentro de quatro anos", disse o mesatenista que queria se dedicar a sua firma de importação e exportação de material esportivo e também de produtos hortifrutigranjeiros. No ano seguinte, às vésperas de embarcar para a Olimpíada de Atlanta, ele morreu em um acidente de moto. O recorde de medalhas em Pan agora pertence ao nadador Gustavo Borges, com 19 na sua coleção.
Na estréia do triatlo no programa dos Jogos Pan-Americanos, o brasileiro Leandro Macedo levou a medalha de ouro. Badminton, esqui aquático, caratê e squash também foram disputados pela primeira vez.
O cavaleiro Nelson Pessoa conseguiu seu segundo ouro pan-americano 28 anos após fazer o mesmo em Winnipeg-1967. Dessa vez, o título por equipe contava com seu filho, Rodrigo Pessoa, além de Vitor Alves Teixeira e André Johanpeter.
Dominica, ilha caribenha independente do Reino Unido em 1978, estreou em um Pan e já ganhou uma medalha, com a conquista da prata por Jerome Romain no salto triplo.
A anfitriã Argentina ficou com quatro dos cinco ouros do tênis (só perdeu para as duplas mistas dos Estados Unidos). Na disputa de simples no masculino, levou ouro (Hernán Gumy) e prata (Javier Frana). O curioso é que Gumy acabou virando bem mais tarde técnico do brasileiro Gustavo Kuerten, que esteve em Mar del Plata e caiu na primeira rodada. Guga se profissionalizou naquele ano, mas só despontaria para a fama em 1997, quando venceu Roland Garros.
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Pan vê 'nascimento' de estrelas do Brasil
Guga, Scherer e Popó competem em Mar del Plata antes da fama
