Chuva de bolas de três e defesa intensa fazem Brasil massacar Porto Rico

Fábio Aleixo

Do UOL, em Toronto (CAN)

Um festival de arremessos de três pontos certeiros  - foram 16 em 34 tentativas -  e uma defesa que limitou o rival a menos de somente 17 pontos no primeiro tempo. Foi com estas armas que a seleção brasileira masculina de basquete conseguiu massacrar Porto Rico em sua estreia nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O placar de 92 a 59 refletiu bem a diferença vista em quadra desde o tapinha inicial.

"Foi um jogo em que tivemos um alto percentual de arremessos, e isso ajudou muito", celebrou o técnico Ruben Magnano. "Se me assustei com a vantagem [no intervalo]? Não me assustei. Se me assustasse, não estaria acreditando nos meus jogadores. Mas no intervalo, a primeira coisa que coloquei para eles foi que tínhamos de esquecer que tínhamos 40 de frente e atuar com inteligência".

"As coisas estavam dando todas certas e também demos sorte com algumas bolas batendo na tabela e entrando", disse o ala-armador Vitor Benite. "Mas isso é reflexo do duro trabalho. Estávamos ansiosos para mostrar do que este grupo é capaz".

Com 19 pontos, Rafael Hettsheimeir foi o cestinha do jogo. Vale ressaltar ainda que os 11 brasileiros que estiveram em quadra pontuaram.

Hettsheimeir, aliás, foi um dos presentes no último Campeonato Mundial, na Espanha-2014. O outro representante do time nacional que esteve no torneio foi Larry Taylor. Porto Rico também mandou um time B para o Pan, com apenas dois atletas que jogaram o Mundial: o armador JJ Barea e o ala-pivô Ramon Clemente.

O cartão de visitas do time brasileiro foi dado logo no primeiro quarto. Permitiu que os caribenhos fizessem somente seis pontos. E no outro lado da quadra, tudo que a equipe nacional arremessava caía. Foram nove chutes de três certeiros em 15 tentados, um impressionante aproveitamento de 60%. Dentro do garrafão, foram somente quatro. Os 31 a 6 feitos nos minutos iniciais ditaram a tônica do restante do confronto.

Mas mesmo esta larga vantagem criada não fez o Brasil esmorecer na segunda parcial. O ritmo seguiu intenso nos dois lados. Parecia um jogo de profissionais contra juvenis tamanha a diferença.

Campeão da NBA pelo Dallas Mavericks em 2011, o armador porto-riquenho José Juan Barea pouco conseguia fazer para animar seus companheiros. Ele mesmo finalizou o primeiro tempo com somente quatro pontos.

Já o Brasil continuou inspirado e foi para o vestiário vencendo por incríveis 43 pontos (60 a 17).

No terceiro quarto - com o jogo praticamente perdido -  Porto Rico acordou e passou a fazer frente, dificultando mais ações ofensivas brasileiras e melhorando seu aproveitamento no ataque. Tanto assim que os porto-riquenhos conseguiram vencer o período por 25 a 19.

Os 25 pontos anotados foram mais do que haviam conseguido nos primeiros 20 minutos.

Demorou quase três minutos para que a primeira bola do último quarto caísse. O período foi aquele em que menos pontos foram marcados e acabou com a vitória de Porto Rico, que conseguiu diminuir mais um pouco a enorme diferença ao fazer 17 a 13.

"Começamos muito bem. Fizemos uma preparação intensa [cerca de um mês] e queríamos mostrar isso em quadra", disse o armador Rafael Luz.

O próximo compromisso do Brasil será nesta quarta-feira, às 14h30 (de Brasília) contra a Venezuela.

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