Cobrança em ginasta do Brasil não é por medalha. É pelo mascote do Pan
Fábio Aleixo
Do UOL, em Toronto (CAN)
Principal nome da ginástica rítmica brasileira e dona de quatro medalhas em Jogos Pan-Americanos, Angélica Kvieczynski veio ao Toronto para colocar mais metais em sua galeria. Mas para sua irmã Ana Beatriz de apenas dez anos, tanto faz se ela ganhar ouro, prata ou bronze. A caçula da família está mesmo interessada no mascote de pelúcia que cada atleta que está no Canadá ganha ao subir no pódio.
"Ela não está nem aí para medalha, quer mesmo os bichinhos. Já me cobrou disso antes mesmo de sair do Brasil. Sempre que vou a uma competição eu levo mascotinhos para a Aninha", contou Angélica.
E o desejo da garota por Pachi, o simpático porco-espinho símbolo dos Jogos no Canadá, ficou ainda maior depois que Daniel Paiola - namorado de Angélica - ganhou a prata em duplas no badminton e também levou um mascote de pelúcia.
"Ela viu que o Dani ganhou e me perguntou se seria dela também (risos)", disse Angélica, que havia revelado a paixão da irmã pelos mascotes durante o Pan de Guadalajara-MEX, há quatro anos.
As chances de Angélica deixar a coleção de Ana ainda mais completas são grandes. Ela já está classificada para as finais do arco e da bola. Além disso, hoje busca vaga nas decisões das maças e fitas, além de encerrar sua participação na final geral, na qual ocupa a terceira colocação. Soma 30,060 pontos e está atrás das americanas Jasmine Kerber (32,750) e Laura Zeng (31,475).
"A competição está com um nível mais alto do que em Guadalajara. Mas espero que a minha experiência me ajude bastante", disse.