Brasil finda jejum de 32 anos e leva medalha no tiro com arco 'à la Senna'

Rodrigo Mattos

Do UOL, em Toronto (CAN)

O tiro com arco voltou a dar uma medalha para o Brasil depois de um jejum de 32 anos, que durava desde o Pan de Caracas, em 1983. Nesta sexta-feira, a equipe masculina conquistou o bronze ao superar Cuba na disputa da terceira colocação, anotando o placar de 5 a 3. E seguindo o que a equipe chamou de "estilo Ayrton Senna".

A equipe brasileira que voltou a colocar o país no pódio na modalidade é formada pela revelação Marcus Vinicius D'Almeida, de apenas 17 anos, por Daniel Rezende Xavier e Bernardo de Oliveira.

Assim como o ex-piloto brasileiro, morto em 1994, que costumava brilhar ainda mais nas corridas de Fórmula 1 sob chuva, os brasileiros aproveitaram o tempo ruim desta manhã em Toronto para conseguir um resultado melhor.

"Estávamos falando sobre o Senna na prova. O Brasil é bom de chuva", brincou Bernardo. "A flecha fica mais pesada com a chuva, a questão é o ajuste da mira. Tem que ajustar a mira mais para cima. Ganha quem se adaptar melhor durante a prova", explicou Daniel.

Vice-campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, vice-campeão da etapa de Lausane, na Suíça da Copa do Mundo, além de campeão mundial da categoria cadete, Marcus Vinicius foi o melhor brasileiro no individual, mas caiu nas quartas de final.

"Essa medalha [por equipes] vale mais do que a individual. Vibramos bastante", afirmou a promessa brasileira.

Começando direto nas quartas de final, o Brasil venceu o Canadá por 6 a 0 e teve pela frente os Estados Unidos, atuais vice-campeões mundiais. Nas semifinais o placar se inverteu e foram os norte-americanos que triunfaram por 6 a 0, restando ao time brasileiro a disputa pelo bronze.

No feminino, as brasileiras não passaram das quartas de final. Ane Marcelle dos Santos, Larissa Feitosa e Sarah Nikitin foram superadas com o placar final de 5 a 1 pelo time da Venezuela, que acabou na terceira colocação e levou o bronze.

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